Volta Belchior agitou foliões com mais de 80 músicos na bateria e registrou mensagens em prol da preservação da vida dos palestinos -  (crédito: Tulio Santos/E.M/ DA Press)

Volta Belchior agitou foliões com mais de 80 músicos na bateria e registrou mensagens em prol da preservação da vida dos palestinos

crédito: Tulio Santos/E.M/ DA Press

A sonorização prometida pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) estreou na Avenida dos Andradas, Região Centro-Sul de BH, ontem. Pela manhã, passaram pelas 16 torres de som o bloco Tchanzinho Zona Norte, enquanto no período da tarde foi a vez do Volta Belchior.

Com um investimento de R$ 4,5 milhões, por meio do patrocínio da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Desenvolvimento (Codemge), a estrutura funcionou sem problemas ao longo do dia e foi bem avaliada pelos foliões. O casal Gustavo Abade e Alana Costa, junto aos amigos Matheus Faria e Leandro Henrique, estava comentando sobre a organização do evento quando foi abordado pela reportagem. “Esse circuito está ótimo, conseguimos ouvir tudo e em todo lugar. Outro ponto positivo são as placas de contenção para não ter acidente no Rio Arrudas”, pontua Alana.

A estrutura começou a ser montada na última terça-feira (6/2) e finalizada na sexta (9/2), entre os números 3.560 e 4.000. O novo sistema foi pensado para permitir uma maior conexão entre a banda e a bateria, ao mesmo tempo em que permite ao público escutar o que está sendo tocado ao longo de meio quilômetro. As caixas são distribuídas com uma distância de 30 metros uma para outra.

A farmacêutica Julia Lins é de Alagoas e veio passar o primeiro carnaval na capital mineira. Ela e os amigos aprovaram o sistema de som da avenida. “Estou amando tudo. É a primeira vez que vejo uma avenida sonorizada. Estava lá na frente e escutei eles falando e cantando desde o início do bloco”, frisou.

Hoje, a mesma estrutura será inaugurada na Avenida Amazonas, com 13 torres espalhadas por 450 metros entre os números 553 e 156. Os cortejos são dos blocos Abalô-caxi e Angola Janga. “Vamos ir para a Amazonas. Esperamos ter a mesma experiência, dando para escutar o bloco todo. Essa ideia foi boa”, afirma Rafaela Vieira.


Fora da folia

Há quem preferiria que a festa fosse em outro lugar: os funcionários de empresas localizadas na avenida, como a operadora de caixa Ester Silva, de 23 anos. Todos os dias, o ônibus a deixa na porta do supermercado, que está em um dos quarteirões do circuito de carnaval.

Durante o feriado, ela conta que o ponto mais próximo do transporte fica a cerca de 850 metros do trabalho. A caminhada, parte acompanhada pela equipe do Estado de Minas, durou mais de 30 minutos. “Eu pego a linha 4610. O ônibus parou longe, está muito difícil chegar no trabalho. Não gostei dessa ideia do bloco na porta”, disse.