Não é só com as fantasias e o brilho que os foliões estão preocupados no Carnaval de 2024. Muitas vezes, o look escolhido vai além de adereços de cabeça e pinturas no rosto e, cada vez mais, o público vem ousando na escolha do sapato.
A cozinheira Jane Clayson, de 60 anos, escolheu uma sapatilha para combinar com a fantasia, mas se arrependeu da escolha ao sair de casa. “Normalmente eu uso tênis, mas coloquei a sapatilha para combinar com a roupa. Me arrependi porque estou queimando o pé”, disse ela.
Já a filha de Jane, a cabeleireira Yasmin Bebiana, escolheu uma rasteirinha para curtir o bloco Não Acredito que Te Beijei. Ela habitualmente usa tênis, mas estava feliz com a escolha.
“Estou com a rasteirinha para combinar com a roupa. Ela é confortável, mas ainda prefiro o tênis. Se não estivesse com a sandália, estaria de tênis”.
As amigas Grazielle Câmara e Ana Paula, por sua vez, pensam diferente. Enquanto Ana prefere a rasteirinha, Grazielle não abre mão do tênis.
“Gosto mais da rasteirinha porque não abafa o pé. Só saio no Carnaval com a rasteirinha. Nunca tive problemas ao usar a sandália na rua”, contou Ana.
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Já a comerciante Andreia Elisa, de 53 anos, não abre mão da sandália papete. Com esse calçado, ela se sente muito mais confortável do que com tênis. “Muito melhor e bem mais confortável”, ressaltou.
Os chinelos também foram alternativa para os foliões. Escolha certeira da programadora Gabriela Abreu, de 26 anos, e do estudante Paulo Castro, de 20.
“É muito prático. Eu acho mais fácil lavar o meu pé do que lavar o sapato, além de ser mais confortável”, explicou Gabriela.
O amigo concorda. “O chinelo dá mais liberdade e é mais fácil de lavar. Se arrebentar também, fica de pé no chão mesmo. Tá na rua mesmo”, brincou.
Questionado pela reportagem se não teme cortar o pé com cacos de vidro, ele disse que não. “A cidade está bem limpa. Não vi uma garrafa quebrada”.
Ânimo dos foliões
É nesse clima de euforia que está grande parte dos foliões. Difícil encontrar alguém que tenha ido em apenas um bloco por dia.
O engenheiro Rodrigo Gomes, de 31 anos, por exemplo, é um que, no terceiro dia de festa, já tinha ido em quatro blocos, quase todos com a mesma fantasia do personagem Luigi (do universo Super Mario) montado em um dinossauro.
“Fui em uma média de dois blocos por dia. Pretendo ir em quantos Deus e minha saúde permitirem”, disse em tom animado. “Tomara que eles permitam muito”, brincou.