Presos utilizavam tornozeleira eletrônica para o monitoramento -  (crédito: Divulgação/Seap)

Presos utilizavam tornozeleira eletrônica para o monitoramento

crédito: Divulgação/Seap

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) afirmou, nesta quinta-feira (15/2), que vai pedir a revogação do uso da tornozeleira eletrônica de 64 detentos que foram pegos descumprindo regras pré-determinadas pela Justiça durante o carnaval.

 

De acordo com o MPMG, além do descumprimento de medidas, como proibição de consumo de bebidas alcoólicas e participação em eventos públicos, os monitorados praticaram crimes tais como tráfico e uso de drogas, furto de celulares, porte de arma branca, porte de arma de fogo e ameaça.

 

Um alinhamento feito pelas forças de segurança na última semana havia definido que quem utilizasse o equipamento não deveria frequentar aglomerações. Além disso, o benefício da saída temporária de presos foi suspenso durante o carnaval.

 

Os detentos monitorados podem também responder pelos crimes de desobediência à decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito, com pena de detenção de três meses a dois anos ou multa.

 

As irregularidades ocorreram nas cidades de Além Paraíba, Barão de Cocais, Barbacena, Belo Horizonte, Betim, Bicas, Brasópolis, Contagem, Extrema, Itajubá, Ouro Preto, Planura, Porteirinha, Prudente de Morais, Riacho dos Machados, Santa Luzia, Uberaba e Uberlândia.

 

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Queda nos crimes

 

De acordo com o Governo de Minas, houve uma redução de 47,8% nos índices de furtos e roubos durante o período de carnaval, em comparação a 2023.

 

A queda foi de 21,4% em todo o estado e 10% na capital – quando se considera o furto de celulares. No caso dos roubos, o percentual foi ainda maior: 36,6% de redução em Minas Gerais.

 

Os registros de assédio, preocupação frequente quando o assunto é carnaval, principalmente entre o público feminino, também tiveram uma redução significativa neste ano. No estado, os dados de importunação sexual caíram 36,8%, diminuindo de 76 ocorrências na folia do ano passado para 48, no mesmo período deste ano. Já em Belo Horizonte, a redução foi de 27,7%, com queda de 18 para 13 casos. A maior parte das vítimas (69,2%) tem idade entre 18 e 30 anos.