"Já ultrapassamos o pico da previsão e não temos dúvidas que este vai ser o pior ano da nossa história de dengue". A afirmação foi dada na manhã desta sexta-feira (16/2) pelo secretário de saúde do estado, Fábio Baccheretti, durante coletiva de imprensa realizada na Cidade Administrativa.
Apesar do alerta epidêmico, o secretário tentou acalmar a população. “Neste momento, a capital mineira e a região metropolitana vivem o momento mais crítico em número de atendimentos e a expectativa é que isso dure mais algumas semanas. Vamos continuar tendo muitos casos, mas esse pico de atendimento tende a começar a diminuir em meados de março. Temos alguns municípios que começaram a ter casos antes de Belo Horizonte e agora a demanda nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) está menor que há duas semanas, e esse é o comportamento comum da dengue”, complementou Fábio.
A previsão da Secretaria estadual de Saúde é que o número de casos confirmados da doença ultrapasse os 600 mil registros. Até esta sexta-feira (16/2), Minas Gerais notificou 194.801 casos prováveis de dengue. Desses, 67.592 foram confirmados. Dezoito mortes foram confirmadas e outras 105 estão sob investigação.
Alguns motivos preocupam Baccheretti, que elencou o aumento de incidência do sorotipo denv2 e o retorno da circulação do sorotipo denv3 como os principais fatores para a elevação dos casos, que se alastram em parte da população sem imunidade a esses sorotipos.
O chefe da pasta detalhou, durante a coletiva de imprensa, medidas que estão sendo tomadas para prevenção e combate contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
“Estamos rodando o estado inteiro, estamos ajudando a reorganizar o sistema de saúde no interior de Minas”, informou Baccheretti.