Com 194.801 casos prováveis de dengue e 67.592 confirmados até esta sexta-feira (16/2), Minas Gerais se prepara para viver o ano com maior incidência da doença na história do estado. Diante deste cenário, o secretário de saúde do estado, Fábio Baccheretti, anunciou durante coletiva de imprensa ações de combate à dengue em Minas.
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Uma das ações que tem como objetivo a sensibilização e conscientização da população contra a dengue é a realização de um Dia D, em um movimento Minas Unida do Combate ao Mosquito. Ao todo, 160 municípios de todas as regiões aderiram à campanha e irão realizar, no dia 24/2, mutirões comunitários para eliminar os focos de Aedes aegypti. Também estão planejadas ações de mobilização para orientar e conscientizar a população que a responsabilidade diária de manter ambientes dentro das casas é também do cidadão.
Outras ações
Além da ação de prevenção à doença, o chefe da pasta afirmou que um dos principais focos é evitar mortes. “Não podemos perder pacientes para uma doença que nos aflige há 40 anos. Além da prevenção, o maior foco hoje da secretaria de saúde é saber que vamos fazer o melhor atendimento evitando mortes.”, afirmou o secretário.
Para isso, a SES-MG afirma que percorre todas as Macrorregionais de Saúde do estado para atuar junto a gestores, técnicos e profissionais dos municípios na avaliação, por meio de simulados, dos planos de contingência municipais, a fim de preparar e organizar as ações previstas.
Em Belo Horizonte, o Hospital Júlia Kubitschek terá o horário de atendimento ampliado para que mais pacientes possam ser atendidos na sala de hidratação da unidade. O local conta com 21 poltronas para atendimento a pacientes que precisam receber hidratação venosa e 30 cadeiras para hidratação oral. Atualmente, o serviço funciona das 7h às 19h, todos os dias da semana, a expectativa é de que o atendimento passe a ocorrer 24h por dia em breve.
Investimento
Para auxiliar, a SES-MG está pagando neste mês de fevereiro um incremento de R$ 32,2 milhões aos municípios mineiros para o combate da dengue, zika e chikungunya no estado. O valor se soma aos R$ 80,5 milhões repassados em dezembro, enquanto outros R$ 32,2 milhões serão pagos no mês de julho.
A pasta está investindo também R$ 30,5 milhões para que os municípios contratem o serviço de drones que serão utilizados na identificação, monitoramento e tratamento dos focos e criadouros do Aedes aegypti, para permitir uma atuação mais direcionada e eficaz por parte das Secretarias Municipais de Saúde. Foram repassados R$ 15 milhões em 2023 e a previsão é de que o restante será pago nos próximos meses.
Além dos mais de 67 mil casos da doença, 18 mortes foram confirmadas e outras 105 estão sob investigação.