O bloco é aberto e cada desfile é realizado em um local diferente -  (crédito: Divulgação/Leo Salvo)

O bloco é aberto e cada desfile é realizado em um local diferente

crédito: Divulgação/Leo Salvo

Todo mês o cortejo do Zodíaco ocupa as ruas de Belo Horizonte. Os desfiles mensais do bloco carnavalesco nascem para não deixar a folia acabar. De janeiro a janeiro as apresentações fazem homenagens a cada signo do calendário pelas ruas da capital mineira.

O primeiro e único cortejo realizado este ano aconteceu no dia 21 de janeiro em homenagem ao signo de capricórnio. O cortejo capricorniano tomou a Praça México, no Bairro Concórdia, Região Noroeste.

O Zodíaco, entretanto, não desfila no carnaval. Segundo integrantes da organização do bloco, o motivo está relacionado "à alta demanda dos dias de festa e aos milhares de blocos de rua, já programados para desfilar especificamente neste período".

No momento o bloco ainda não estabeleceu as datas da programação neste ano, mas a tradição dos desfiles mensais segue de pé.

Causas sociais

Além dos astros, o grupo também acolhe uma causa social a cada cortejo. No último, foi realizada a campanha “O Caderninho do Sopro de Carnaval” e o dinheiro arrecadado foi destinado à produção do material impresso, que foi distribuído pelas ruas durante a folia e contou com uma cartilha anti-assédio, bem como o número de contatos para casos de emergência.

Leia também: MG terá vacinação contra a dengue em escolas, diz secretário

No cortejo de sagitário, que ocorreu em 17 de dezembro de 2023, foi feita também a “Campanha Natalina”. Por meio da doação de brinquedos, livros e roupas infantis, o Zodíaco ajudou a Casa Circo Gamarra a proporcionar um natal para as crianças da Vila Dias, no Santa Tereza, Região Leste.

As origens

Criado em junho do ano de 2019, o bloco surgiu da ideia de um grupo de amigos para comemorar o aniversariante do mês. Com o decorrer dos anos, o Zodíaco ganhou visibilidade e passou a se organizar em forma de bloco de carnaval.

No calendário do zodíaco os signos variam nas datas de início e fim. Por isso, todo mês, o desfile homenageia algum deles, e por ter nascido no primeiro dia da semana, a tradição de festejar sempre aos domingos se manteve desde então.


Todos os cortejos são abertos e colaborativos. Desde a bateria até os artistas, "qualquer pessoa é livre para participar". O objetivo do bloco é dar espaço e incentivar a música, a regência e a arte de rua amadora e profissional.

Além disso, cada apresentação é feita em um local diferente da cidade. Praças como a Carlos Marques, no Calafate; Coronel Assis Duarte, no Santa Inês; e a Floriano Peixoto, no Santa Efigênia, por exemplo, já foram ocupadas pelos foliões. A intenção é descentralizar a festa e democratizar o carnaval.


Como fazer parte


Para participar, é só ficar atento nas postagens do Instagram (@cortejozodiaco) e do grupo do WhatsApp ‘Cadê o Zodíaco’. O trajeto é escolhido para facilitar o acesso dos foliões: próximo a estações do metrô e com acesso a diversas linhas de ônibus.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice