Minas Gerais está em situação de emergência em saúde em decorrência do aumento de casos de dengue. Até esta quinta-feira (22/2) das 25 cidades com mais registros de contaminações prováveis, 13 estavam na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o restante no Triângulo Mineiro, Norte, Vale do Rio Doce, Alto Paranaíba, Central, Centro-Oeste e Sul.
Conforme o painel de monitoramento das arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), até a manhã de quinta havia 268.903 casos prováveis, 93.059 confirmados e 36 óbitos. Confira a lista das 25 cidades no fim da matéria.
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A capital lidera o número de casos prováveis e confirmados da doença. Segundo a última notificação do boletim epidemiológico emitido pela Prefeitura de BH, nessa terça-feira (20/2), em 2024 já haviam sido confirmadas 4.786 contaminações, enquanto outras 18.528 ainda esperavam confirmação por exames laboratoriais. No entanto, o painel de monitoramento do governo de Estado aponta que só nesta quinta já foram registradas 5.961 contaminações, o que representa um aumento de 24,5% em dois dias.
No total, Belo Horizonte tem 28 mil casos prováveis, de acordo com o balanço da SES-MG do dia 22 de fevereiro. Itabira, na Região Central, vem na sequência, com 9.962 notificações – e a única entre os cinco municípios com mais casos de dengue que não pertence à Grande BH. Contagem (8.702), Ribeirão das Neves (8.309) e Betim (8.250) completam a lista.
No fim desta manhã, o estado recebeu a primeira remessa de vacinas contra a doença. São 78.790 doses para iniciar a imunização dos mineiros de 10 e 11 anos. Os imunizantes chegaram à Central Estadual da Rede de Frio e serão distribuídos a 22 municípios das Unidades Regionais de Saúde de Belo Horizonte e de Coronel Fabriciano/Timóteo.
Em entrevista ao Estado de Minas, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Prosdocini, explicou que os imunizantes já começaram a ser distribuídos às cidades próximas à capital. A previsão é que elas já estejam disponíveis para as prefeituras iniciarem a aplicação nesta sexta-feira (23/2). Em relação aos locais próximo a Coronel Fabriciano, a previsão é que as vacinas estejam nas cidades no máximo na segunda-feira (26/2).
Segundo o Ministério da Saúde, a escolha das regiões atende a três critérios: são formadas por municípios de grande porte, ou seja, mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão de dengue registrada em 2023 e 2024, e com maior predominância do sorotipo DENV-2, que é um dos quatro sorotipos de vírus da dengue.
Estado de emergência
Em 29 de janeiro, Minas Gerais entrou em estado de emergência de saúde pública causada pelos aumentos de casos de dengue e chikungunya. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado e será válida pelos próximos seis meses. No decreto, o governador Romeu Zema (Novo) também determina a criação do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE-MinasArboviroses) para o acompanhamento dos casos. Na última semana foi registrada a primeira morte do ano por dengue em solo mineiro, ocorrida em Monte Belo, no Sul do estado.
A publicação justifica o decreto de situação de emergência a partir dos números apresentados na última atualização do boletim epidemiológico de arboviroses, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) na sexta-feira (26/1).
Só em 2024, Minas já teve 21.573 casos de dengue confirmados e 5.867 de chikungunya. Há mais de 67 mil casos suspeitos das duas doenças sob investigação, cada uma delas já causou a morte de uma pessoa neste ano. Há 34 óbitos sendo investigados sob suspeita de dengue e 2 de chikungunya.
O decreto faz uso da Lei Federal 14.133/2021 para permitir que, diante do estado de urgência, a contratação de serviços e compra de insumos e equipamentos médicos possam acontecer sem a necessidade prévia de licitação.
“Fica autorizada, em razão da situação de emergência, a adoção de todas as medidas administrativas e assistenciais necessárias à contenção do aumento da incidência de casos de Arboviroses, em especial a aquisição pública de insumos e materiais, doação e cessão de equipamentos e bens e a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial [...] A dispensa de licitação levada a efeito com base na situação emergencial somente será permitida enquanto esta perdurar, respeitada a vigência deste decreto, com o objetivo de evitar o perecimento do interesse público, devendo a Administração Pública estadual, nesse interregno, providenciar o regular processo de licitação”, diz trecho da publicação.
Vinte e cinco cidades com mais casos prováveis de dengue em MG
- Belo Horizonte - 28.507 casos prováveis
- Itabira - 9.962 casos prováveis
- Contagem - 8.702 casos prováveis
- Ribeirão das Neves - 8.309 casos prováveis
- Betim - 8.250 casos prováveis
- Vespasiano - 5.473 casos prováveis
- Santa Luzia - 5.434 casos prováveis
- Ibirité - 4.586 casos prováveis
- Lagoa Santa - 4.224 casos prováveis
- Uberlândia - 4.062 casos prováveis
- Montes Claros - 3.902 casos prováveis
- Sabará - 3.577 casos prováveis
- Conselheiro Lafaiete - 3.267 casos prováveis
- Matozinhos - 3.118 casos prováveis
- Nova Lima - 3.098 casos prováveis
- Sete Lagoas - 2.576 casos prováveis
- Patos de Minas - 2.495 casos prováveis
- Brumadinho - 2.409 casos prováveis
- São José da Lapa - 2.345 casos prováveis
- Araguari - 2.309 casos prováveis
- Passos - 2.262 casos prováveis
- Ipatinga - 2.015 casos prováveis
- Uberaba - 2.003 casos prováveis
- Divinópolis - 1.977 casos prováveis
- Carmo do Paraíba - 1.967 casos prováveis
Lista dos 22 municípios mineiros que vão receber a vacina contra a dengue
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Coronel Fabriciano
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Timóteo
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Pingo-d'Água
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Antônio Dias
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Marliéria
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Santa Maria de Itabira
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Jaguaraçu
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Dionísio
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Córrego Novo
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Belo Horizonte
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Ribeirão das Neves
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Sabará
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Santa Luzia
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Nova Lima
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Caeté
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Rio Acima
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Jaboticatubas
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Raposos
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Belo Vale
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Moeda
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Nova União
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Taquaraçu de Minas