
Professores municipais encerram greve nesta sexta: 'Mas a luta continua'
Após greve que durou nove dias, PBH apresentou proposta de negociação salarial, que foi avaliada pelo sindicato
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Siga noProfissionais de educação concursados da Rede Municipal encerraram o movimento grevista nesta sexta-feira (23/2), em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE). Os professores paralisaram as atividades no último dia 15. A partir disso, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) apresentou uma nova negociação salarial, a qual foi avaliada pelos profissionais nesta sexta, às 14h, na Praça Afonso Arinos.
Com o fim da greve, os trabalhadores aceitaram a proposta econômica prevista pela PBH de 8,04% de reajuste em três parcelas, sendo a primeira, de 4,03%, em agosto; a segunda, de 1,82%, em novembro, e a terceira de 2%, em dezembro.
No entanto, as demais negociações firmadas pela prefeitura, como “horas de aperfeiçoamento” e alteração no intervalo de progressão nos casos de “Mestrado e Doutorado” não foram aprovadas por não atendem ao conjunto da categoria, excluindo bibliotecários, auxiliares, pedagogos, AAEs e professores aposentados.
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De acordo com o sindicato, o movimento grevista “enfrentou a intransigência do governo municipal de Fuad Noman (PSD), que, apesar de realizar reuniões com os servidores, não mostrou qualquer flexibilidade na negociação do índice econômico e a criminalização do movimento pela Justiça, que determinou, em uma decisão liminar, a ilegalidade da greve a uma multa de 100 mil reais por dia”.
A entidade ressaltou, durante o encontro, que a luta por valorização dos trabalhadores não se encerra com o fim da greve e que permanecerá mobilizada em defesa da profissão, da valorização dos servidores e da educação pública.
Além disso, foi determinado pelos professores a realização de um ato público por representação na sede do PSD, nesta segunda-feira (26/2), às 11h. Na ocasião, acontecerá o lançamento da candidatura à reeleição do prefeito Fuad Noman.
O curto prazo para a publicação do Projeto de Lei do Reajuste, que deve obedecer os termos da legislação eleitoral, foi um fator que colaborou para tal decisão.
Negociação anterior
Em 2023, a gestão do município se reuniu com a categoria 26 vezes, mas todas as propostas apresentadas foram recusadas durante assembleia dos professores. As outras 13 entidades sindicais representantes de servidores aceitaram a proposta de reajuste de 8,04%, e os projetos de lei foram enviados à Câmara no dia 29 de dezembro para avaliação dos vereadores.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata