Os casos de dengue em Belo Horizonte aumentaram 21% no período de quatro dias. O número de casos confirmados pela doença subiu de 6.338 para 7.665, de acordo com o balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta terça-feira (27/2). Não houve aumento no número de mortes confirmadas na capital, que permanece em sete.
A Região Centro-Sul foi a que teve maior aumento no número de casos confirmados em BH. Em três dias, 299 novos casos foram registrados. Em seguida vem a Região de Venda Nova, com mais 260 novos casos confirmados. A Região Nordeste também teve um aumento de casos considerável, de 216 novas confirmações.
Neste ano, foram confirmados ainda 542 casos de chikungunya em residentes de Belo Horizonte e uma morte. No dia 23, os casos de chikungunya eram de 452. Como a dengue, também houve aumento, mas de 20%. Não há casos de zika confirmados na capital.
O prefeito Fuad Noman (PSD), por meio do Diário Oficial do Município (DOM), decretou situação de emergência em saúde pública na capital mineira devido ao número de casos de dengue, chikungunya e zika na cidade, no sábado (17).
A decisão levou em conta que BH atingiu uma incidência média superior a 300 casos prováveis de dengue por 100 mil habitantes, caracterizando um estado de epidemia estabelecida, segundo os parâmetros do Ministério da Saúde.
Em meio ao aumento de casos das arboviroses transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, a vacinação contra a dengue começou nesta terça-feira (27) nos 152 Centros de Saúde de Belo Horizonte. A aplicação da vacina Qdenga será inicialmente em crianças de 10 e 11 anos.
A capital mineira recebeu do Ministério da Saúde cerca de 49,5 mil doses do imunizante, destinadas à aplicação de primeiras doses, contemplando as duas idades, que totalizam cerca de 48 mil pessoas. Como o esquema vacinal da Qdenga é composto por duas doses, que devem ser aplicadas em um intervalo de três meses, será necessário que o município receba mais vacinas para a posterior aplicação da segunda dose.