O subtenente reformado do Corpo de Bombeiros suspeito de atirar contra o policial penal Wallysson dos Santos Guedes, de 44 anos, morto na madrugada dessa segunda-feira (26/2), vai continuar preso. A decisão de converter a detenção em flagrante para preventiva foi tomada na tarde desta terça-feira (27/2) pela juíza Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto. O crime aconteceu em um bar no Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte.
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A magistrada considerou a gravidade dos fatos e circunstâncias agravantes, como o fato do acusado ter deixado o local após uma discussão com a vítima e ido em casa para buscar a arma utilizada no crime. Também foi destacado que, pelo fato de o homem ser bombeiro militar reformado, esperava-se um comportamento mais ponderado.
Conforme o boletim de ocorrência, a vítima estava bebendo com o suspeito no bar, momento em que o subtenente questionou o motivo do policial penal estar armado. Os dois discutiram no local e o bombeiro foi em casa buscar um revólver. Quando voltou, o bombeiro disparou contra o agente.
A situação foi presenciada pelo dono do estabelecimento. Depois do crime, o atirador fugiu em uma moto, mas foi localizado e preso. A arma usada no crime foi apreendida.
O policial penal chegou a ser socorrido para o Hospital João XXIII, mas morreu durante uma cirurgia. A Polícia Civil deslocou a perícia oficial ao local do crime, onde foram realizados os primeiros levantamentos e a coleta de vestígios que irão subsidiar a investigação.
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) lamentou a ocorrência envolvendo os dois profissionais da segurança pública. A pasta informou que acompanha os desdobramentos da investigação iniciada pela Polícia Civil e as providências adotadas pelo Corpo de Bombeiros para a elucidação dos fatos.
O Corpo Bombeiros afirmou que está adotando as medidas cabíveis, junto aos demais órgãos de segurança pública. “Reforçamos nosso compromisso com a ética e a transparência, e refutamos veementemente os atos incompatíveis com os valores institucionais."