Começa nesta quinta-feira (1º/2) o julgamento de Cláudia Mônica Pinheiro, a falsa enfermeira que enganou empresários de Belo Horizonte em venda de vacinas contra a Covid-19.

A audiência está marcada para às 13h, na 4ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores, no Fórum Lafayette, no centro da capital. O juiz Rodrigo Heleno Chaves autorizou que a ré participe da audiência por meio de videoconferência, já que a defesa alegou que ela está com estado de saúde físico e psiquiátrico debilitado.



Ao todo, 24 pessoas serão ouvidas. A falsa enfermeira e outras cinco pessoas envolvidas no esquema, incluindo parentes dela, foram indiciadas por estelionato e associação criminosa. Cláudia também foi acusada de falsificação de documentos, por ter assumido a identidade de enfermeira.

Durante as investigações, a Polícia Federal apurou que as doses falsas foram negociadas por R$ 600. Na época dos fatos, em março de 2021, a campanha de imunização contra a Covid-19 estava se iniciando no país, e apenas idosos e profissionais da área de saúde estavam sendo vacinados.

No curso das investigações, frascos com soro foram recolhidos na residência de Cláudia. Também foram apreendidos no local cartões de vacinação, seringas, agulhas e luvas. "Conforme apurado, a principal investigada, em momento nenhum, teve acesso à vacina de Covid-19 de qualquer marca", reitera a PF.

Os empresários que demandaram as doses chegaram a ser investigados no inquérito por supostamente furarem a fila da vacinação contra a Covid-19. Contudo, como se comprovou que os imunizantes eram falsos, eles passaram a ser tratados como vítimas de estelionato.

Em abril de 2022, o Ministério Público solicitou à Justiça que as duas vítimas que apresentaram denúncia contra a falsa enfermeira Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas fossem indenizadas.

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