O trio formado por Marcelo Moraes, Lúcio Alves e Rafaela Vieira elogiou a distribuição das torres de som na Avenida dos Andradas, em Belo Horizonte, por onde passou o bloco Tchanzinho Zona Norte. “Acho que poderiam fazer isso todos os anos e em mais locais. Por exemplo, no Centro, onde o Então, Brilha desfila”, disse Lúcio.

Rafaela complementou: “Amanhã vamos para a Amazonas. Esperamos ter a mesma experiência, dando para escutar o bloco todo. Essa ideia foi boa.”

 




Os amigos Gustavo Abade, Matheus Faria, Alana Costa e Leandro Henrique estavam comentando sobre a organização do evento momentos antes de a equipe do Estado de Minas encontrá-los.

“Esse circuito está ótimo, conseguimos ouvir tudo e em todo lugar. Outro ponto positivo são as placas de contenção para não ter acidente no Rio Arrudas”, pontua Alana.

Mas há quem preferiria que a festa fosse em outro lugar: os funcionários de empresas localizadas na avenida, como a operadora de caixa Ester Silva, de 23 anos. Todos os dias, o ônibus a deixa na porta do supermercado, que está em um dos quarteirões do circuito de carnaval.

Durante o feriado, ela conta que o ponto mais próximo do transporte fica a 850 metros do trabalho. A caminhada, parte acompanhada pela equipe de reportagem, durou mais de 30 minutos.

“Eu pego a linha 4610. O ônibus parou longe, está muito difícil de chegar ao trabalho. Não gostei dessa ideia do bloco na porta”, lamentou.

Trânsito

Antes do bloco, a chegada pela Avenida Alphonsus de Guimarães estava intensa, mas até às 9h, quando o desfile começou, foi possível ver linhas de ônibus da Região Leste fazendo o trajeto normal, além de carros de passeio conseguindo desviar da concentração.

Agentes da BH Trans orientavam o público com placas e sinalização no entorno da Avenida dos Andradas.

Já na dispersão, por volta das 13h, os foliões tiveram que sair a pé pelas ruas no entorno do circuito, entre as avenidas Silviano Brandão e Alphonsus de Guimarães. Cerca de um quarteirão de cada rua estava fechado.

Bloco "Tchanzinho da Zona Norte" desfilou em BH neste sábado (10)

@estev4m/ Esp. EM
 

Em seguida, parte das pessoas continuou caminhando, outras pararam nas ruas que já estavam com trânsito liberado, aguardando carros de aplicativo ou se dirigindo para pontos de ônibus.

Alimentação

Quem curte o carnaval na Avenida dos Andradas, neste sábado, pode ficar despreocupado com a fome. As inúmeras opções de lanches, churrasquinhos, batatas e pratos feitos deixam o folião “de barriga cheia”.

Os preços variam de R$ 10 a R$ 30. Os mais baratos são espetinhos e pastéis. Enquanto os pratos feitos, acarajé e sanduíches custam, em média, R$ 25.

Além de trailers de alimentação, alguns lojistas do ramo automotivo aproveitaram a oportunidade para fazer uma renda extra vendendo comida.

“Fizemos no pré-carnaval e deu certo. Agora estamos aproveitando para fazer uma renda a mais no mês. Vendemos cerveja e churrasquinho”, diz Gleisiene Pedrosa de Lima, que trabalha no JM Lanternagem e Pintura.

Enquanto Arnaldo Souza, dono de uma barraca chamada “Larica Lanches”, fez uma parceria com uma concessionária. “Eles vendem cerveja e eu o lanche. Queremos vender todos os dias, até terça. A ideia é fazer R$ 15 mil no carnaval”, diz.

Outra opção de compra é na praça de alimentação montada pelo empreendimento Andradas Multicenter. Com diversos carrinhos de comida, quem se interessar pode comprar um ticket em um caixa móvel. Tem comida, doce, petisco, drinques e chopes.

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