(Com Túlio Santos)

Sem brigas, latas arremessadas, bombas ou quebra-quebras, a dispersão das multidões das ruas da região Centro-Sul de Belo Horizonte pela Polícia Militar de Minas Gerais começou mais cedo, mas foi menos violenta na noite de sábado (10/02), primeiro dia de carnaval (assista vídeo).

As lentes do repórter-fotográfico Túlio Santos do jornal Estado de Minas mostraram a mobilização dos efetivos de policiais militares com coletes reflexivos desocupando avenidas e redutos boêmios por volta de 22h. No ano de 2023, as ações ocorriam na madrugada, para garantir o sossego e o direito de ir e vir dos cidadãos.



Por outro lado, ainda não foram registradas reações de confronto de foliões inconformados com o fim da folia na via pública, como em 2023. Naquele ano, a PMMG precisou utilizar bombas e gás lacrimogênio para dispersar multidões que não queriam deixar as ruas, atiravam latas nos militares e protestavam.

A chamada operação de escoamento consiste em manter uma presença policial antes da folia começar e iniciar a dispersão já presente no local quando o horário determinado chega fazendo um arrasto ao avançar em formação de bloco.

A reportagem acompanhou a operação em vários locais. Na Rua Sapucaí e no Viaduto Santa Teresa, na Floresta (Região Leste) os policiais em bloco não tiveram dificuldades para conduzir foliões para liberar o local. Na Avenida Afonso Pena e Rua da Bahia, no Centro, além das pessoas fantasiadas e dançando com latinhas nas mãos, uma legião de carrinhos de ambulantes também teve de terminar a festa.

Em algumas vias, antes de iniciar a ação em formação de bloco, a PMMG acionou as sirenes e luzes das viaturas para quebrar o clima de festa e avisar que a dispersão seria iniciada em breve. Não há registros de ocorrências nessas ações até o momento, segundo a PMMG.

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