Consumidores lesados pela 123milhas usaram o carnaval para protestar contra a empresa que quebrou e não reembolsou muitas pessoas que compraram passagens de avião e hospedagem. A ação foi flagrada no bloco Todo Mundo Cabe no Mundo, que desfilou pela Rua Piauí, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste de Belo Horizonte.

 

 

A aposentada Sandra Maria Mourão, de 66 anos, era uma das integrantes do bloco dos lesados pela empresa. Ela conta que iria com 15 pessoas da família para Foz do Iguaçu (PR), em outubro do ano passado. Até hoje não conseguiu viajar e nem reaver os valores gastos com a passagem.

 



Mesma situação da psicóloga Ana Maria Maciel, de 64 anos, que planejava ir com a família visitar um dos filhos na Holanda, em agosto passado. “Tivemos um prejuízo de R$ 12 mil”, conta.

 

Ao longo do trajeto do bloco Todo Mundo Cabe no Mundo, os lesados pela 123 Milhas foram abordados por diversos consumidores com a mesma reclamação. “A gente faz piada, mas é uma tragédia”, afirma o administrador Lúcio Maciel, de 62 anos, que carregava o estandarte denunciando a empresa de venda de passagens e hospedagens.

 

Relembre o caso

Em agosto de 2023, a 123milhas informou aos seus clientes que iria suspender a comercialização de pacotes e emissão de passagens das viagens com datas flexíveis, que tinham embarques previstos entre setembro e dezembro do mesmo ano.

 

Após o anúncio, a empresa passou a ser alvo de milhares de ações judiciais de clientes que se sentiram lesados pela decisão.

 

Ainda em agosto, a 123milhas entrou com um pedido de recuperação judicial, alegando que a credibilidade da empresa teria sido afetada pela suspensão do programa promocional e que as vendas teriam caído drasticamente. O pedido foi acatado pela justiça, mas foi suspenso duas vezes, a última em janeiro deste ano. A empresa ainda não apresentou o plano de recuperação judicial. 

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