Belo Horizonte não tem mar, mas reza a lenda de que a cidade é a que mais tem bar do Brasil e são eles os homenageados do desfile do Bloco Samba Queixinho, fundado em 2009, só por bateria. O bloco faz uma homenagem aos botecos da capital e ao seu grande divulgador, o jornalista Daniel Neto, o Nenel, que mantém no YouTube um canal onde divulga a "baixa gastronomia" de Belo Horizonte.



Os adereços do bloco foram feitos pelo artista plástico Léo Piló, somente com materiais recicláveis. Uma atração à parte.


 

A data é de debutantes, mas, com 15 anos de carnaval, o Samba Queixinho tem história para contar e talento de sobra para levar alegria pelas ruas de Belo Horizonte.

Nesta edição da folia, o bloco comemora 15 anos desde a reunião de um grupo de amigos, em 2009, que decidiram acabar com o título da capital mineira de "cidade dormitório" em plena folia do Momo. E não parou mais: "Hoje compartilhamos um dos melhores carnavais do país", destaca Gustavo Caetano, coordenador e fundador do Queixinho.

 

O edif�­cio Niemeyer, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1954 e conclu�­do em 1960, �© pano de fundo para a bateria do Samba Queixinho que comemora 15anos no carnaval 2024

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Em 2024, o Samba Queixinho celebra a boemia, que resiste. E é com esse bordão do jornalista gastronômico Nenel que o bloco convidou os foliões, que se esbaldaram na Praça da Liberdade, em frente ao número 850, no Bairro Funcionários.

Investimento

Gustavo Caetano destaca que "o carnaval de Beagá tem atraído atenções boas e ruins. Os investimentos são importantes mas, antes de qualquer coisa, estamos há 15 anos tentando fazer o melhor carnaval possível. Investimento é importantíssimo, que venham mais empresas, mas que todos tenham compromisso com os blocos de carnaval".

Para ele, outra singularidade da homenagem desse ano do Samba Queixinho é que "estamos homenageando a comida afetiva de BH, a comida de boteco, feitas pelas famílias, cozinheiras e cozinheiros, garçons, o casamento que começa e termina nos botecos. É cada vez mais valorizar a nossa cultura".

Com quase um ano de preparação, com oficinas de sua aclamada bateria, o Samba Queixinho mostra em seu desfile novidades rítmicas, bossas e ritmos ensaiados exaustivamente. A bateria tem a regência do mestre Gustavo Caetano, fundador do Queixinho, que divide a responsabilidade com o atual mestre da Estação Primeira de Mangueira, Hudson Taranta.

Surpresa

 

Jornalista Daniel Neto, o Nenel, do Baixa Gastronomia, é um dos homenageados do Samba Queixinho. Ele se destaca pela criação do bordão 'a boemia resiste'

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

No fim da apresentação da bateria, o bloco convidou os foliões para encontrar a banda do Queixinho - composta por Heleno Augusto, Robertinho Junqueira, Mayra Morais, Mônica Santos e Marcelo Souza - no trio elétrico, para aumentar ainda mais a festa na Rua Pernambuco, 380, também no Bairro Funcionários.

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