Com gritos de "Chuta! Chuta! Chuta! Chuta a família mineira" e reafirmando que "tem tudo a ver Rock'n Roll com Carnaval", o bloco da Alcova Libertina voltou às ruas de Belo Horizonte após um hiato causado pela pandemia e por falta de logística. De volta, também, à Avenida dos Andradas – onde já costumam sair –, o bloco testou a sonorização implantada no trajeto pelo Governo do Estado de Minas Gerais.

"A gente quer voltar de onde a gente parou. Por conta da pandemia e essas coisas, tivemos um 'gap' aí e estamos voltando desse buraco negro. Juntamos forças, juntamos uma equipe grande, montamos um repertório novo e um conceito novo para trazermos de volta aquelas pessoas que estiveram aqui com a gente em 2020. A gente quer mostrar que BH é todo mundo junto", contou o co-fundador, produtor e músico do bloco, Igor Marques.

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O público também se mostrou ansioso com a volta do Alcova Libertina. Eros Souza, que acompanhou o bloco em praticamente todos os anos que saiu, conta que sua presença é obrigatória e que a sonorização da Avenida dos Andradas é positiva.



"O Alcova é um dos primeiros blocos de quando o Carnaval de BH renasceu e ele conseguiu capturar exatamente a essência política dessa festa. Agora, com a avenida sonorizada, o bloco vai ter a estrutura que merece, porque antes saía na base da guerrilha, da vontade própria, já atrasaram muito em outros anos por conta de burocracia boba, então é muito bom que isso esteja acontecendo", relatou.

 

Alcova Libertina desfila pela Andradas neste domingo (11/2)

Túlio Santos/EM/D.A/Press

O Bloco da Alcova Libertina já nasceu de um movimento de arte-ativismo no Bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte. Movidos pela paixão pelo Rock'n Roll embalada por outros diversos ritmos brasileiros, como o Maracatu, neste ano trouxeram novidades para o repertório com compositores que reafirmam a história preta do rock e arranjos para músicas de novos compositores da cena brasileira com o objetivo de reconhecer e vivenciar a ancestralidade negra do rock.

O bloco homenageou as cantoras Rita Lee e Elza Soares, que faleceram em maio de 2023 e janeiro de 2022, respectivamente. Também houve protestos contra o governardor mineiro, Romeu Zema (Novo) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com gritos de "Fora Zema" e "Bolsonaro na cadeia".

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