Querer curtir o bloco até o fim não é proibido, mas muitos foliões, inconformados com o encerramento dos eventos de carnaval, têm entrado em confrontos e provocado confusões em Minas Gerais, apesar de as ocorrências estarem em queda, segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).

"O momento em que mais registros de ocorrências têm sido feitos é na dispersão dos blocos, ao final dos eventos, na chamada dispersão. Por isso, nós (da PMMG) ressaltamos aos foliões que eles devem respeitar o planejamento municipal. Respeitar o momento do término dos blocos e deixar os locais. Assim que os blocos se encerrarem, iniciem o processo de dispersão e se desloquem dos locais dos eventos para as suas residências e aguardem para o dia seguinte o reinício dos eventos", afirma a porta-voz da PMMG, major Layla Brunnela.

 



Ainda que haja esse pico de ocorrências ao fim dos blocos, em geral a PMMG informa que as ocorrências policiais vêm sofrendo redução neste carnaval desde a sexta-feira (09/02) até o domingo (11/02), na comparação com a folia de 2023 no estado.

Os crimes violentos, por exemplo, têm redução registrada de 75% desde o início do carnaval, segundo a PMMG. São considerados crimes violentos pela Sejusp o estupro, a extorsão, a extorsão mediante sequestro (incluindo sequestro-relâmpago), homicídio e tentativas, roubos e tentativas, sequestro e cárcere privado e tentativas.

Outra grande reclamação das foliãs que querem curtir a festa sem serem abusadas é o assédio ou importunação sexual, que também encolheu neste carnaval cerca de 60%, segundo estimativa da PMMG.

Os furtos, sobretudo dos celulares dos foliões está 45% menor, segundo a corporação.

Um dos dias com mais registros de confrontos na dispersão dos foliões foi o sábado (10/02). A Polícia Militar chegou a utilizar spray de pimenta e a empurrar no chão um folião que se recusou a dar passagem para as viaturas, no Viaduto Santa Tereza, no Bairro Floresta, Região Leste. Houve tumulto e correria.

Na Savassi, Região Centro-Sul, a dispersão não teve registro de bombas de efeito moral ou de gás lançados para esvaziar as ruas, mas o movimento de avanço em bloco de militares e de viaturas para desobstruir as vias chegou a gerar correria

A PMMG informou que a corporação cumpre a programação de dispersão aos términos dos blocos, com posicionamento do efetivo e viaturas. "Em relação ao fato solicitado na demanda, houve desobediência e enfrentamento por parte do envolvido, que não acatou as ordens dos militares para deixar o local, sendo necessário o uso de Instrumento de menor potencial ofensivo", informou por meio de nota.

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