*Lucas Bretas

Desde 2018, o É o Amô une o carnaval de Belo Horizonte ao sertanejo, um dos ritmos musicais mais populares do Brasil. Com o objetivo de “espalhar o amor pela cidade”, nas palavras dos idealizadores, o bloco confirmou mais um ano de sucesso na Avenida dos Andradas, altura do Bairro Pompeia, na Região Leste da capital, nesta segunda-feira (12/2).

 

De Gian e Giovani à Marília Mendonça, o É o Amô levou alegria - com alguma dose de “sofrência” - aos foliões de BH. O cortejo se estendeu do meio da tarde até a noite.

 

Grandes sucessos do sertanejo se fizeram ouvir na Andradas. Com o batuque típico do carnaval, o bloco levou o público à loucura com hits como “Evidências” (Chitãozinho e Xororó), “Vida vazia” (Bruno e Marrone) e “Infiel” (Marília Mendonça).



Os tradicionais chapéus de cauboi eram adereços frequentemente vistos. Alguns dos foliões também investiram em looks completos com referências ao sertanejo, como saias de couro com franjas.

 

O É o Amô contou com participação especial do sanfoneiro Max Hebert e da saxofonista Luiza Pires. A publicitária Gabriela Antunes, de 33 anos, uma das idealizadoras do bloco, falou sobre as novidades promovidas do cortejo para 2024.

 

“O bloco está reformulando, porque o sertanejo bebe de outras fontes. Do brega de Recife e de outras (vertentes). Então, para o repertório, trouxemos um pouco disso, desse brega, que é uma identidade cultural, e um pouco de João Gomes”, disse ao Estado de Minas.

 

Como surgiu o É o Amô?

 

Fundado em 2018, o É o Amô foi originalmente idealizado pelos carnavalescos Di Souza e Peu Cardoso, figuras conhecidas do carnaval de BH.

 

O cortejo foi o primeiro a apostar exclusivamente no sertanejo na maior festividade da capital mineira. Para Gabriela Antunes, o É o Amô também é a indicação ideal para aqueles que sempre curtiram cantar os sucessos do estilo musical nos karaokês.

 

“O bloco surgiu do desejo de unir aquele sertanejo raiz que a gente canta no karaokê, aquele sertanejo anos 80, 90, com o ritmo do carnaval. Surgimos em 2018, até então não havia bloco sertanejo em BH. Surgiu daí o desejo, que é de trazer vivências, o amor. Arrastar o chifre no asfalto (risos)”, brincou.

 

Os maiores desafios enfrentados pela produção do É o Amô estiveram relacionados à locomoção do cortejo pela Andradas. Carrinhos de ambulantes pelo caminho e a grande quantidade de pessoas, por vezes, dificultavam o deslocamento do bloco. De toda forma, não houve registro de qualquer ocorrência que comprometesse a realização do cortejo.

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