A cidade de Arcos, no Centro-Oeste de Minas, está sob decreto de situação de emergência devido ao aumento de casos de dengue. O prefeito Claudenir José de Melo, conhecido como Baiano, anunciou a partir desta semana a suspensão da concessão de férias e folgas dos servidores da Secretaria Municipal de Saúde, para que possam se dedicar ao atendimento de pacientes e ao combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

 

A suspensão permanecerá vigente enquanto o município estiver em situação de emergência. O boletim mais recente divulgado pela Secretaria de Saúde aponta que a cidade, com 41,4 mil habitantes, tem 90 casos confirmados de dengue.

 



 

Outras medidas

 

Além da suspensão de férias, o prefeito emitiu um decreto na quinta-feira (8/2) com outras medidas. O documento concede à prefeitura autonomia para tomar medidas administrativas e assistenciais necessárias à contenção do aumento da incidência de casos. Isso inclui a aquisição pública de insumos e materiais, doação e cessão de equipamentos, assim como a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial.

 

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A cidade já havia intensificado a limpeza urbana, inclusive com mutirões, e promovido campanhas educativas nas mídias. “O grave cenário epidemiológico que o Brasil enfrenta exigiu que a prefeitura tomasse mais medidas em decorrência da doença”, informou em nota o prefeito.

 

A Vigilância em Saúde tem aplicado o inseticida UBV Costal nas áreas com os maiores índices de infestação do mosquito, como no Bairro São Judas.

 

A decisão para ampliar as ações foi baseada no histórico do município, que já enfrentou altos números de casos de dengue no passado, nos aumentos dos casos no Estado e na incidência atual na cidade.

 

Alto risco de epidemia

 

O Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 22 e 26 de janeiro, aponta "alto risco" para uma epidemia de dengue em Arcos. O Índice de Infestação Predial, que representa o número de focos encontrados em residências, comércios e terrenos baldios, atingiu a marca de 7,9%. Enquanto o Índice de Breteau, que mede a velocidade com que o mosquito se espalha, foi de 13,3%.

 

*Amanda Quintiliano especial para o EM

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