A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) realizou, na manhã desta sexta-feira (16/2), uma ação de combate à dengue no bairro Rio Branco, na Região de Venda Nova, em BH. A operação é destinada à prevenção de focos do Aedes Aegypti, mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika, e contou com a aplicação de inseticida Ultra Baixo Volume (UBV) nas casas da região.

Os agentes de combate a endemias César Aparecido Costa e Lázaro Rodrigues se encontraram na Rua Luiz Fernando, n° 119, no bairro Rio Branco, às 8h, para borrifar o inseticida nos muros e quintais de casas. A ação tem como objetivo o bloqueio da transmissão da dengue e outras arboviroses transmitidas pelo Aedes Aegypti.

De acordo com a PBH, esta ação já foi realizada em cerca de 15 mil imóveis em todas as regionais da cidade neste ano. A aplicação do UBV é indicada para combater o mosquito já na fase adulta, ou seja, no período em que a fêmea do Aedes aegypti transmite a doença. As atividades são definidas conforme avaliação técnica de cada território, considerando os aspectos epidemiológicos.

 



Na Região de Venda Nova, onde ocorreu a ação, o número de casos suspeitos de dengue chega a 2.067, liderando o ranking na capital. Já o número de casos confirmados bate em 350. Para os moradores da região, a atuação dos agentes é de se elogiar, visto que o aumento de casos da doença tem causado preocupação.

Pedro Henrique Lages Simões, de 43 anos, mora com o pai no bairro que foi pulverizado e considera que a vizinhança, além de ser bem urbanizada, não possui nada fora do padrão, como possíveis focos do mosquito. Para ele, cada morador tem feito sua parte ao tomar os devidos cuidados para a prevenção da propagação da doença.

“Aqui nós temos uma moça da PBH que faz a vistoria periodicamente e, felizmente, está tudo normal. Eu sei que a região está infestada, mas na nossa área está tudo normal. Além de ela fiscalizar, a gente toma o cuidado”, conta o administrador.

Além de acreditar que a "união faz a força" e que cada um dos moradores deve fazer a sua parte em uma situação como essa, Pedro também elogia a atitude da prefeitura. “É de se notar o esforço do poder público de combater essa epidemia. Eu fiquei bastante sensibilizado com a ação”, diz.

Já o residente Antônio Vilela da Silva, apesar de avaliar positivamente o trabalho da PBH, afirma que esta é a primeira vez que a ação é realizada na região e que, na casa dele, já faz anos que o serviço não é realizado.

Ação de combate e prevenção a focos do mosquito da dengue realizada por agentes na Região de Venda Nova, nesta sexta-feira (16/2). Na foto, Antônio Vilela da Silva, morador do bairro Rio Branco

Jair Amaral/EM/DA Press

Antônio relata que possui bastante planta em sua casa além de uma horta e, por isso, sempre toma cuidado com água parada. Quando questionado sobre a aplicação do inseticida na região, ele enaltece o ato, mas reforça a importância de manter a prevenção contra o mosquito.

“Os agentes passaram na rua e vieram matar os mosquitos da dengue. É bom que acaba com o mosquito, mas é preciso ficar atento com as chuvas, porque acumula água e, em pouco tempo, formam as larvas”, disse o aposentado.

No último dia 5, a PBH inaugurou uma nova Unidade de Reposição Volêmica (URV) em Venda Nova. O local funciona 24 horas e atende pessoas com sintomas de dengue, chikungunya e zika. A estrutura está no mesmo prédio que um dos Centros de Atendimento às Arboviroses (CAA).

Outros pontos estão distribuídos pela cidade, como de referência para tratamento das arboviroses: o centro de reidratação no Hospital Júlia Kubitschek e os Centros de Atendimento às Arboviroses das regiões Centro-Sul e Venda Nova.

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