Um funcionário do setor de farmácia do Hospital Risoleta Tolentino Neves, na Região Norte de Belo Horizonte, foi preso nesta sexta-feira (23/2), após instalar uma câmera no banheiro feminino para gravar as colegas de trabalho nuas. Durante a prisão, ele reagiu, tomou a arma de um policial e tentou atirar contra pessoas que estavam no ambiente. Um disparo acertou a parede, mas ninguém se feriu.

 



 

 

Segundo a Polícia Militar (PM), no início da tarde, uma equipe foi acionada pela assessora jurídica do hospital. Ela informou ter recebido uma câmera encontrada, por outra funcionária, em uma cabine com vaso sanitário.

 

O gerente de TI do hospital confirmou que o dispositivo se tratava de uma câmera com cartão de memória. No conteúdo, foi possível ver um dos funcionários do setor de farmácia instalando a filmadora, além de colaboras do hospital nuas.

 

Ainda conforme o boletim de ocorrência, a assessora mostrou as imagens à policial feminina e levou a equipe até uma sala onde o suspeito aguardava. O homem negou que tivesse cometido qualquer crime, mas mudou a versão quando soube que o rosto dele também foi gravado.

 

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Em verificação no celular do suspeito, a PM achou vídeos de mulheres andando na rua, inclusive de pessoas do hospital. Ele confessou ter feito as gravações, porque "gosta de olhar para mulheres e satisfazer o desejo sexual".

 

Enquanto era preso por importunação sexual, ele puxou a arma do sargento e apontou para as pessoas que estavam na sala. O policial e uma testemunha agarraram o homem e entraram em luta corporal. Ele conseguiu efetuar um disparo, porém atingiu uma parede.

 

A outra policial que estava na ocorrência conseguiu contê-lo com uma arma de choque. Além da importunação, o homem foi preso por tentativa de homicídio.

 

Em contato com o Hospital Risoleta Tolentino Neves, a reportagem foi informada que "a PMMG estava conduzindo uma ocorrência nas dependências do hospital. Houve um contratempo que gerou um disparo de arma de fogo. Ninguém ficou ferido, e a situação foi rapidamente controlada pela Polícia e equipe do Hospital". Não houve posicionamento sobre a importunação sexual.

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