O primeiro hospital temporário para combate à dengue em Belo Horizonte, que começou a ser montado na UPA Norte, na manhã desta terça-feira (27/2), está previsto para começar a funcionar na sexta (1/3). A estrutura funcionará 24 horas por dia como retaguarda da unidade de saúde, que tem apresentado alta demanda por atendimento.

 



 

O local será porta de entrada para o primeiro atendimento de pacientes com sintomas de dengue e outras arboviroses, e também terá uma unidade de reposição hídrica e instalações para internação. “Esse hospital condensa as duas situações. O paciente pode vir direto para cá, e aquele que precisar ser internado, vai passar para o interior da estrutura, será acolhido e permanecerá aqui. Aquele que tiver sintomas leves e puder ser liberado para casa, será liberado já daqui, sem precisar ir a outro local", explicou o secretário de saúde de BH, Danilo Borges, em coletiva de imprensa na tarde desta terça. 

Diante da escalada de casos de arboviroses na capital, a UPA Norte tem sido pressionada pela alta demanda e dobrou o número de atendimentos no intervalo de um mês. A reportagem do Estado de Minas esteve no local e constatou o movimento intenso nesta tarde (27/2). “A unidade tem uma capacidade limitada e a gente precisava dar uma resposta nessa região”, destaca Borges. 

Inicialmente, a abertura do novo centro irá desafogar a demanda na UPA, e na segunda-feira (4/3) inicia o atendimento de novos pacientes. "Essa é a primeira destinação desse hospital. Na sequência, a medida que os profissionais forem chegando, nós vamos ampliando a capacidade de abertura de leitos", disse o secretário de saúde de BH. Desde o início do mês, a capital já conta com três unidades específicas para atendimento de arboviroses e outras três para reposição hídrica, além dos 152 centros de saúde espalhados em nove regionais que podem ser procurados por quem precisa de assistência.

 

 

A nova unidade irá atender, em média, 400 casos diários, e estão previstas 200 internações por mês. Serão 170 profissionais para ocupar a estrutura e garantir o atendimento, quadro composto por 90 médicos, além de técnicos em enfermagem e de laboratório, enfermeiros e auxiliares administrativos. A infraestrutura foi cedida pela Defesa Civil do estado, e a operacionalização do serviço ficará à cargo da prefeitura de BH. “Ficará montado até quando precisar. Estamos esperando duas semanas muito difíceis daqui pra frente até que atinjamos um platô, mas isso não significa desmobilização, provavelmente significará até algum incremento do plano de enfrentamento”, adiantou Borges. 

Esse é o primeiro dos três hospitais temporários para combate à dengue prometidos pela prefeitura de BH na semana passada. O governo de Minas anunciou, nessa segunda-feira (27/2), que vai ceder prédio do Centro de Especialidades Médicas do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), localizado no Bairro Santa Efigênia, na Região Leste de Belo Horizonte, próximo à área hospitalar, para que seja aberto mais um ponto de atendimento aos pacientes com arboviroses. “A gente precisa de um contingente enorme de trabalhadores da saúde para tripular essas unidades. Estamos fazendo anúncios de novos postos de atendimento à medida que os trâmites necessários são resolvidos”, afirma Borges. 

Até lá, a prefeitura segue ampliando as estruturas já existentes, como o Centro de Atendimento às Arboviroses (CAA) de Venda Nova, regional que concentra o segundo maior percentual de diagnósticos positivos por dengue em BH, também instalado ao lado de uma UPA e transformado em um pequeno hospital para reforçar os atendimentos. “Estamos trabalhando no mesmo sentido para fazer isso também no Barreiro”, listou o secretário de Saúde de BH. No Barreiro, foram abertos 15 novos leitos na unidade de reposição hídrica. Na segunda, o Hospital Infantil João Paulo II, na Região Leste de BH, inaugurou uma unidade semelhante exclusiva para atendimento dos casos pediátricos de arboviroses. A ala conta com 20 leitos.

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