Em meio a uma epidemia de dengue que se anuncia como a pior da história, a pressão no sistema de saúde só deve dar trégua em maio. A afirmação foi feita pelo secretário de Saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges Matias, durante coletiva de imprensa para anunciar a abertura do primeiro hospital de campanha para combate às arboviroses.

 



 

Até lá, as unidades de saúde reforçam o atendimento para dar assistência aos pacientes. Nesta terça-feira (27/2), BH anunciou a criação do primeiro hospital de campanha para combate a epidemia na capital, que deve começar a desafogar a alta demanda na UPA Norte, onde está instalado, a partir de sexta-feira (1/3).

 

“Estamos esperando duas semanas muito difíceis daqui pra frente até que atinjamos um platô, mas isso não significa desmobilização, provavelmente significará até algum incremento do plano de enfrentamento. Começaremos a ver alívio a partir de maio, então é importante que essas estruturas permaneçam pelo menos até lá”, declarou Borges.

 

Depois da composição completa do quadro de profissionais da saúde, a nova unidade na regional Norte prevê ser porta de entrada para os primeiros atendimentos de pacientes com sintomas da doença. “A ideia é que a gente concentre aqui todos os casos que estão com suspeita de dengue”, explicou o secretário de Saúde de BH.

 

A nova unidade irá atender, em média, 400 casos diários, e estão previstas 200 internações por mês. Cerca de 170 profissionais vão ocupar a estrutura e garantir o atendimento, quadro composto por 90 médicos, além de técnicos em enfermagem e de laboratório, enfermeiros e auxiliares administrativos. A infraestrutura foi cedida pela Defesa Civil do estado, e a operacionalização do serviço ficará à cargo da prefeitura de BH.

 

Esse é o primeiro dos três hospitais temporários para combate à dengue prometidos pela prefeitura de BH na semana passada. Novas aberturas serão anunciadas nas próximas semanas, mas, enquanto isso, a população já tem acesso a três unidades específicas para atendimento de arboviroses e outras três para reposição hídrica, além dos 152 centros de saúde espalhados em nove regionais que podem ser procurados por quem precisa de assistência.

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