A Igrejinha de São Francisco de Assis e o Mineirão: Conjunto Arquitetônico da Pampulha, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade -  (crédito: LEANDRO COURI/EM/D.A.PRESS)

Para Fuad Noman, a realização da Stock Car é importante para BH estar no mapa do esporte

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O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), respondeu sobre os cortes de árvores próximas ao Mineirão durante um evento para anúncio de intervenções em parceria com a prefeitura de Nova Lima, cidade da Grande BH, nesta segunda-feira (4/3). Para ele, a esportividade é importante para a "capital estar no mapa do esporte".

 

Quando questionado sobre o corte de árvores no entorno do Mineirão, na Região Pampulha, onde será sediada a Stock Car, em agosto, o prefeito disse que a retirada das árvores é importante para a segurança dos pilotos que vão competir. Ele também rebateu críticas afirmando que receber o evento é essencial para que a capital seja reconhecida na área esportiva.

 

 

“O Mineirão, quando foi feito, tirou 808 árvores que foram plantadas no lugar e eu não vi esse movimento. Então o que eu espero é o seguinte: Espero que as pessoas entendam que Belo Horizonte precisa estar no mapa mundial do esporte”, disse.

 

A fala de Fuad vem em meio à polêmica do corte de 63 árvores nas avenidas que cercam o Mineirão. Enquanto a decisão de podar as árvores foi defendida pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL/BH), existe forte oposição sobre a ação.

 

 

Embora populares e políticos tenham sido contrários, as duas liminares que suspendiam a supressão de árvores para a abertura de pistas para a prova do evento foram cassadas na noite de sexta-feira (1/3) pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

 

Além do corte das árvores, o projeto para instalação do circuito automobilístico vai incluir o recapeamento das avenidas e a retirada de canteiros centrais, postes, pontos de ônibus, quebra-molas e passagens elevadas de pedestres nas avenidas Rei Pelé, Carlos Luz e Coronel Oscar Paschoal.

 

Turismo

 

Para Fuad, além dos valores que o próprio evento vai injetar na economia, há a expectativa de a cidade receber milhares de turistas, que vão movimentar também o setor do comércio, transportes e hotelaria na capital. De acordo com ele, serão 153 países conhecendo a cidade e o patrimônio da Pampulha.

 

“Nós estamos gerando empregos para as pessoas, para taxistas, para o pessoal de restaurante, o pessoal de hotel. Estamos gerando emprego para as pessoas, nós estamos criando condições para que a cidade tenha um conjunto de ações que atraiam pessoas”, afirmou.

 

A prefeitura já havia afirmado que a corrida trará mais visibilidade turística para a capital mineira. A expectativa é que o evento gere, em cinco anos, cerca de R$ 1 bilhão em diversas áreas como hotelaria, restaurantes, transporte e serviços.

 

Replantio e protestos

 

De acordo com a PBH, para compensar a supressão das 63 árvores, a empresa responsável pelo evento vai plantar 688 novos espécimes. Manifestantes, contrários à ação, plantaram árvores no sábado (2/3), na Avenida Presidente Carlos Luz.

 

O movimento “Bora Plantar” distribuiu mudas e ferramentas para os presentes em frente ao Hospital Veterinário da UFMG, que fica em frente a uma das entradas do estádio Mineirão.

 

O corte de árvores segue nesta segunda-feira (4) em meio a protestos e revolta de manifestantes. Nesta manhã, a mobilização para a poda das plantas atrapalhou a chegada dos alunos no primeiro dia de aula letivo do ano na UFMG, que também dialoga com a PBH.