
PRF afasta 23 agentes indiciados por chacina em Varginha
Inquérito da Polícia Federal, concluído na última quarta-feira (28/2), apontou indícios de excessos na ação policial, que ficou conhecida como Chacina de Varginha
Mais lidas
compartilhe
Siga noA Polícia Rodoviária Federal (PRF) determinou o afastamento de 23 agentes indiciados depois de uma operação em 2021 que resultou em 26 mortes em Varginha, no Sul de Minas. Agora, os policiais irão permanecer em funções administrativas até a conclusão do caso na Justiça.
04/03/2024 - 17:27 Vídeo: taxista é agredido com cabeçada, chutes e capacete em BH 04/03/2024 - 17:54 Mais dois fugitivos da penitenciária de Santa Luzia são presos 04/03/2024 - 18:21 Dengue em BH: Venda Nova terá aplicação de inseticida nesta terça (5/3)
O inquérito da Polícia Federal sobre o caso - que ficou conhecido como a “Chacina de Varginha”-, concluído na última quarta-feira (28/2), apontou “indícios de possíveis excessos na ação policial”, incluindo tortura e adulteração de provas, durante operação realizada em outubro de 2021.
A princípio, os agentes envolvidos disseram ter ocorrido uma troca de tiros com bandidos do “Novo Cangaço”, modalidade conhecida pela alta violência e roubos a bancos. As investigações da PF, no entanto, apontaram que os alvos foram surpreendidos e não estavam armados no momento. A troca de tiros, defendida pelos agentes, teria sido forjada.
A ação ocorreu em duas chácaras, nas quais a quadrilha estava reunida. O exame pericial indicou que, em uma das chácaras, os policiais dispararam pelo menos 216 vezes, contra oito disparos efetuados pelos suspeitos de integrar a quadrilha. Além disso, há armas que não foram entregues para exames.
Na época, a ação chegou a ser comemorada pelas autoridades de segurança e descrita como a maior operação contra o "Novo Cangaço". Em nota, a PRF afirmou estar colaborando com as autoridades e que reabriu, no “âmbito administrativo, um procedimento apuratório em 2023, diante do surgimento de novas evidências”.
Além dos agentes rodoviários, 16 policiais militares também estavam envolvidos na operação, e foram indiciados pela Polícia Federal. A reportagem do Estado de Minas procurou a Polícia Militar (PM) para obter um posicionamento e aguarda retorno.