Mais cinco mortes por dengue foram confirmadas em Belo Horizonte, de acordo com o balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, nesta terça-feira (5/3). O número de óbitos chega a 12, enquanto os casos da doença sofreram aumento de 22,7% no período de quatro dias, passando de 34.788 para 42.698. O número de casos confirmados da doença no mesmo período subiu de 8.887 para 9.959,uma incidência de 12%.
A região Nordeste foi a que teve maior aumento no número de casos confirmados em BH. Em quatro dias, 424 novos casos foram registrados e, pela primeira vez, a regional lidera o número de casos confirmados. Em seguida vem as regiões Oeste e do Barreiro, com mais 145 novos casos confirmados em cada uma. A Região de Venda Nova também teve aumento. Foram 120 novas confirmações.
Até sexta (1), Centro-Sul, Barreiro e Venda Nova lideravam o número de confirmações. De acordo com a última atualização, a Região Nordeste passou a ocupar o primeiro lugar do ranking, com 1.649 casos. Seguida dela, estão as regiões do Barreiro, Venda Nova, Centro-Sul e Oeste, com 1.646, 1.545. 1.542 e 1.217 casos, respectivamente.
Chikungunya
Neste ano, também foram confirmados ainda 769 casos de chikungunya em residentes de Belo Horizonte. O número de mortes em BH continua sendo apenas uma.
Na sexta-feira (1/3), os casos de chikungunya eram de 616. Como a dengue, também houve aumento, mas de 25%. Não há casos de zika confirmados na capital.
Situação de emergência
O prefeito Fuad Noman (PSD), por meio do Diário Oficial do Município (DOM), decretou situação de emergência em saúde pública na capital mineira devido ao número de casos de dengue, chikungunya e zika na cidade, no dia 17 de fevereiro.
A decisão levou em conta que BH atingiu uma incidência média superior a 300 casos prováveis de dengue por 100 mil habitantes, caracterizando um estado de epidemia estabelecida, segundo os parâmetros do Ministério da Saúde.
Em meio ao aumento de casos das arboviroses transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, a vacinação contra a dengue começou no mês passado, nos 152 Centros de Saúde de Belo Horizonte. A aplicação da vacina Qdenga será inicialmente em crianças de 10 e 11 anos.
A capital mineira recebeu do Ministério da Saúde cerca de 49,5 mil doses do imunizante, destinadas à aplicação de primeiras doses, contemplando as duas idades, que totalizam cerca de 48 mil pessoas. Como o esquema vacinal da Qdenga é composto por duas doses, que devem ser aplicadas em um intervalo de três meses, será necessário que o município receba mais vacinas para a posterior aplicação da segunda dose.
No dia do início da vacinação em BH, o secretário de Saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges Matias, disse, em coletiva, que a pressão no sistema de saúde só deve dar trégua em maio. Borges afirmou, ainda, que a epidemia se anuncia como a pior da história.