O homem que sobreviveu à queda do avião da Polícia Federal no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, nessa quarta-feira (6/3), está estável e não corre risco de morrer. Valter Luiz Martins é mecânico de uma empresa privada e ficou ferido no acidente que matou duas pessoas. Ele foi encaminhado ao João XXIII pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O estado de saúde foi confirmado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), nesta quinta-feira (7/3).
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Entre os mortos estão dois agentes da Polícia Federal. Os corpos de José de Moraes Neto e Guilherme de Almeida Iber foram encaminhados para Brasília pelo avião da corporação. A informação foi divulgada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (7/3).
Inicialmente, a Polícia Civil foi acionada para deslocar a perícia oficial e o rabecão para a remoção dos corpos ao Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette, mas, por decisão da Polícia Federal, eles foram encaminhados direto à Brasília.
Ainda nesta manhã, técnicos da PF estão no Aeroporto da Pampulha fazendo a perícia na aeronave. Ontem, a PF informou que iniciou investigação para apurar as circunstâncias do acidente e enviou peritos especialistas em segurança de voo e acidentes aéreos para auxiliar nas apurações. O diretor-geral da instituição, Andrei Rodrigues, vai acompanhar os trabalhos na capital mineira.
O acidente
As três vítimas tripulavam um Cessna 208B Caravan, avião monomotor fabricado em 2001, com 11 lugares e capacidade para nove passageiros. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), o avião chegou a decolar e perdeu altitude instantes depois, caindo na lateral da pista, próximo a um canteiro de obras onde havia trabalhadores no momento.
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O momento da queda foi registrado por vídeos compartilhados nas redes sociais. Nas gravações é possível ver que a aeronave começa a soltar fumaça ainda no ar e, pelo movimento do piloto, dá a entender uma manobra para realizar um pouso de emergência. Ao cair, o monomotor entra em chamas no mesmo instante. Os dois pilotos foram encontrados pelos bombeiros carbonizados.
"A gente percebeu através das imagens a decolagem dessa aeronave e depois uma tentativa de retorno, mas ainda não chegou nenhuma informação que trouxesse esclarecimento sobre a causa", disse o Tenente Henrique Barcellos, do Corpo de Bombeiros.
O registro do portal Flight Radar, site que faz o acompanhamento de rotas de aeronaves do mundo inteiro, identificou o acidente a poucos metros da Avenida Antônio Carlos, uma das principais vias da cidade, por onde passam ônibus e veículos de passeio. Em nota, a CCR, concessionária que administra o aeroporto, informou que a pista operou normalmente, uma vez que o acidente foi fora da faixa.
A Polícia Federal confirmou que a aeronave pertence à instituição, mas não informou o porquê dele estar na Pampulha. Peritos especialistas em segurança de voo e acidentes aéreos foram deslocados até o aeroporto. O diretor-geral da instituição decretou luto oficial de três dias. “A Polícia Federal se solidariza com os familiares e amigos das vítimas e decreta luto oficial de três dias”, escreve a corporação.
A Força Aérea Brasileira (FAB) também deslocou investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA III), órgão Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), localizados no Rio de Janeiro (RJ), para BH.
Os militares irão realizar uma Ação Inicial, com técnicas específicas para levantar dados e realizar a coleta de informações que podem confirmar as causas do acidente, os danos causados à aeronave, ou pela aeronave. No entanto, pelas imagens registradas pelo Corpo de Bombeiros, é possível supor uma perda total.
No painel de informações da FAB ainda há o registro de outros dois acidentes com a aeronave da PF, ambos identificados como incidentes de menor intensidade. As ocorrências eram relativas a estouro de pneu e aconteceram em Jundiaí, na grande São Paulo (SP), uma foi no momento do pouso, e a outra ainda no solo.