Mulher tampa o rosto usando a mão direita contra a lente da câmera; imagem meramente ilustrativa -  (crédito:  rawpixel.com)

Jovem foi assassinada, aos 23 anos, em 6 de dezembro de 2012

crédito: rawpixel.com

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou nesta quinta-feira (7/3) que um homem, atualmente com 46 anos, foi denunciado pelo assassinato da ex-esposa ocorrido em 6 de dezembro de 2012 no município de Bugre, no Vale do Aço, quando a vítima tinha 23 anos. O corpo dela nunca foi encontrado.

 

Conforme a denúncia, o homicídio foi praticado por motivo torpe, uma vez que o denunciado matou a jovem por não aceitar pagar pensão alimentícia ao filho do casal, que estava sob a guarda da mãe e era criado pela avó paterna.

 

 

A vítima foi casada com o investigado por cerca de três anos, e o relacionamento foi marcado por vários casos de agressão por parte do denunciado. Quando ela engravidou, inclusive, o companheiro tentou matá-la, motivo que levou a vítima a ir morar com os pais, em Ipatinga. Porém, ela acabou aceitando a proposta dele de ambos voltarem a morar juntos para criar a criança, relata o MP.

 

O Ministério Público diz que, na ocasião, as agressões voltaram a acontecer. Além disso, a jovem “passou a sofrer rotineiramente com as intromissões da mãe do denunciado em seu relacionamento”.

 

Oitavo detento que fugiu de penitenciária de Santa Luzia se entrega

 

“Em abril de 2012, ela teve sérias lesões e foi encaminhada ao Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, onde recebeu atendimento médico. Durante o tempo em que esteve hospitalizada, o homem assumiu a guarda de fato da criança, que se deu sem a concordância da mãe ou de autorização judicial. A partir de então, ele impediu a mulher de ter contato com o filho”, afirma o MPMG, acrescentando que a vítima denunciou ter sofrido ameaças de morte quando visitava o filho ou ligava para saber como ele estava.

 

O desaparecimento da mulher foi comunicado em 9 de julho de 2013 pela Polícia Civil, que, à época, apontou o investigado como o responsável. Porém, em depoimento, a mãe disse que a filha não era vista desde 6 de dezembro de 2012 e comunicou o fato à polícia quatro dias depois, afirmando que o investigado havia assassinado a jovem.

 

Sem dar detalhes, o MP disse que os elementos que justificam o indiciamento por homicídio decorrem das “provas colhidas durante as investigações”. A denúncia aponta também que ficou comprovado que o denunciado, pelo mesmo motivo, já havia tentado matar uma ex-companheira com disparos de arma de fogo, deixando-a com sequelas graves e permanentes.

 

O MPMG não explicou por qual razão o homem só foi denunciado mais de uma década após o crime.