O suspeito de matar a própria mulher, identificada como Jaqueline Miranda Evangelista Ferreira, de 39 anos, atropelada no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, o caminhoneiro Deivid de Cássio Ferreira, hoje com 40 anos, segue em liberdade um ano depois do ocorrido. A filha do casal, então com seis anos, presenciou o atropelamento.
O crime ocorreu em 2 de março do ano passado. De acordo investigações da Polícia Civil (PCMG), ele foi indiciado por feminicídio. No entanto, o Ministério Público (MPMG) o denunciou por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e classificou o atropelamento como um crime de trânsito.
Não existe, ainda, uma data para o julgamento, o que faz com que a família questione a Justiça. Cristina Miranda, irmã de Jaqueline, diz que a vida da família acabou, é só de sofrimento, enquanto o caminhoneiro leva uma vida tranquila, como se não tivesse acontecido nada.
Investigações
Segundo as investigações da Polícia Civil, o caminhoneiro havia marcado de se encontrar com a mulher no local onde aconteceu o crime. Ele ficou foragido por quatro dias e foi preso numa casa, no Bairro Nacional, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Na época, alegou para os investigadores, que não tinha visto a mulher e que teria sido um acidente. A atropelara sem querer, por não tê-la visto. Seria um acidente.
No entanto, as investigações mostraram que o caminhoneiro era viciado em drogas e no chamado “rebite”, substância utilizada por motoristas para mantê-los acordados durante a noite, para que possam rodar pelas rodovias e ganhar tempo para fazer mais viagens.
Cristina Miranda, irmã de Jaqueline, disse à polícia à época, que o motorista tem histórico de uso de drogas e rebite, e que, por isso, Jaqueline o monitorava. E que muitas vezes, ele tinha sido violento com a mulher.
O caminhoneiro foi preso em 6 de março, mas pouco mais de um mês depois disso, em 20 de abril, sua prisão foi revogada e ele está em liberdade desde então.