Sete pessoas são presas em operação do MPMG contra estelionato, na modalidade conhecida como

Sete pessoas são presas em operação do MPMG contra estelionato, na modalidade conhecida como "golpe do motoboy", e lavagem de dinheiro

crédito: MPMG

Seis pessoas foram presas em operação deflagrada na manhã desta terça-feira pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A operação Tricherie desarticulou uma organização criminosa que praticava estelionato, na modalidade conhecida como “golpe do motoboy” e lavagem de dinheiro.

 

A operação ocorreu nas cidades de São Paulo, Guarulhos, Itapevi e Jacareí, todas no estado de São Paulo, por crimes registrados em Minas Gerais. O grupo criminoso atuou em 20 cidades do estado, totalizando 68 ocorrências. Foram expedidos pela Justiça Criminal de Belo Horizonte 17 mandados de prisão. Até o momento, seis pessoas foram presas. 

No golpe do motoboy, a vítima recebe uma ligação de um integrante do grupo criminoso, que alega ser de uma instituição financeira. O criminoso consegue a senha pessoal de cartões bancários e, em seguida, informa que um motoboy buscará os cartões da vítima. Após a entrega dos cartões, a organização efetua diversos saques, compras ou transferências para outros integrantes do bando em contas fraudadas.

 

Além dos mandados de prisão, foram expedidos 13 mandados de busca e apreensão e 18 ordens de sequestro, que totalizaram cerca de R$ 1,4 milhão nas contas bancárias, aplicações financeiras, títulos de capitalização, cadernetas de poupança, investimentos, ações e cotas de capital dos investigados.

 

 

Nas ocorrências de Minas, as vítimas declararam ter perdido um valor superior a meio milhão de reais. No entanto, mais da metade dos registros não apresentam o valor perdido, então estima-se que o grupo tenha causado um prejuízo ainda maior no estado mineiro.

 

A ação foi realizada através do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (GCOC), com atuação junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPMG. A operação contou com o apoio operacional da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCESP) e do Gaeco-SP.

 

O nome da operação designa “trapaça, engano, falcatrua” em francês. Dessa palavra derivou o termo em inglês “trickster”, que é um arquétipo mitológico presente em diversas culturas, como o deus nórdico Loki e o saci-pererê, ambos com aspectos ligados à fraude e ao engodo.