MP investiga sumiço de dinheiro de delegacias de Juiz de Fora -  (crédito: Divulgação / Polícia Civil)

MP investiga sumiço de dinheiro de delegacias de Juiz de Fora

crédito: Divulgação / Polícia Civil

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) está investigando o desaparecimento R$ 243,5 mil das delegacias da Polícia Civil em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira.

Segundo um documento assinado pelo 5º Promotor de Justiça, Hélvio Simões Vidal, o montante sumiu das delegacias entre os anos 2013 e 2022. A promotoria é responsável pelo controle externo da atividade policial.

Os valores variam, segundo uma tabela feita pelo Ministério Público. Há o sumiço de R$ 60 mil em setembro de 2018, que é o maior do levantamento do MPMG. Também há pequenos desaparecimentos, de R$ 0,40 (em janeiro de 2014) e R$ 1,95 (em janeiro de 2015).

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“Nos anos em questão, foram examinados 25 inquéritos policiais em trâmite no Núcleo Corregedor da Polícia Civil em Juiz de Fora e 36 Relatórios de Evento de Defesa Social (BOs) elaborados pela Polícia Militar, nos quais valores regularmente apreendidos em decorrência de ações e operações realizadas pelas instituições (Polícia Civil e Militar) foram arrecadados e repassados à Polícia Civil, tendo desaparecido nas Delegacias de Polícia”, escreveu o promotor.



Segundo Hélvio, um ex-delegado e uma ex-escrivã estão sendo investigados, já que são suspeitos de terem desviado os valores. “Os valores nunca foram encontrados, nem depositados em conta judicial", afirmou ele.

"Casos de desaparecimentos de pequenos valores são atribuídos à desorganização administrativa e falta de servidores. A causa mais comum, no entanto, é a prática de peculato-desvio, crime punido com até 12 anos de reclusão, que é a situação em que o funcionário público que tem a posse do dinheiro pratica o desvio em seu favor ou de outra pessoa”, escreveu Hélcio.


PC diz que não foi informada pelo MP



Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais afirmou não ter sido informada sobre a investigação do Ministério Público sobre o sumiço dos mais de R$ 243 mil.

“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), até o momento, não foi informada, oficialmente, sobre o levantamento realizado pela 5ª Promotoria de Justiça de Juiz de Fora”, informou, em nota.

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A PC informou também que a instituição não compactua com qualquer desvio de conduta dos servidores. “A PCMG ressalta, ainda, que não compactua com qualquer desvio de conduta de seus servidores e assegura que todas as transgressões administrativas são apuradas com total independência nos trabalhos correcionais”, finalizou.