Sessão de licitação para concessão da Serraria Souza Pinto aconteceu nesta segunda-feira (25) -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Sessão de licitação para concessão da Serraria Souza Pinto aconteceu nesta segunda-feira (25)

crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press

A Fundação Clóvis Salgado (FCS) divulgou na tarde desta segunda-feira (25/3) o consórcio vencedor da licitação para administrar a Serraria Souza Pinto. Apenas um grupo apresentou proposta para assumir o espaço cultural. O Consórcio Nova Serraria, formado pelas empresas Revee (Real Estate Venues & Enterteinment Participações) e Integritate, venceu o certame oferecendo R$ 650 mil pela outorga fixa - ou seja, o valor pago pela vencedora para a assinatura do contrato. 

 

O próximo passo para a concessão de uso da Serraria é a assinatura do contrato. O consórcio tem até esta terça-feira (26/3) para apresentar a documentação exigida no edital. O contrato será vigente por 20 anos, com possibilidade de renovação. O grupo será responsável pela elaboração e gestão de serviços, espetáculos, shows e outros eventos culturais relacionados na Serraria Souza Pinto. "Neste período, a Fundação Clóvis Salgado continua responsável pelo fomento, produção e difusão das artes no âmbito estadual, além de gerir e fiscalizar o contrato", afirma Sérgio Rodrigo Reis, presidente da FCS.

 

 Objetivo

A Concessão da Serraria Souza Pinto é uma alternativa para alavancar os investimentos necessários, garantindo as melhorias essenciais na infraestrutura do imóvel, a proteção histórica do patrimônio, bem como a otimização da operação do equipamento. "A Serraria está localizada no hipercentro de BH, mas é um equipamento que estacionou no tempo, desde os anos 90 não sofre uma intervenção mais robusta. É um lugar poderoso e capaz de agregar muito valor a região", comenta Reis. 

 

 

Entre as melhorias prioritárias para a Serraria Souza Pinto, destaca-se a revisão geral de todas as instalações, adequações elétricas, drenagem, acessibilidade, revitalizações na fachada e na acústica. Ao longo dos 20 anos, o consórcio tem uma obrigação de investir cerca de R$ 11 milhões na infraestrutura do imóvel. "Com a concessão temos uma perspectiva grande de conseguir sanar todas essas questões. O patrimônio será preservado, o público vai ganhar um equipamento moderno, com programação mais atrativa, e a fundação mantém seu poder de fiscalização", explica Reis.

 

Nova gestão privada

A Serraria deve começar a ser gerida pelas empresas Revee e Integritate em meados de maio deste ano. O presidente da FCS acredita na possibilidade do local começar a receber eventos diariamente, o que, atualmente, acontece apenas aos fins de semana. "Acreditamos que a cidade vai ganhar muito em termos de atração cultural e entretenimento no hipercentro", avalia Reis.

 

Leia também: Pet shops suspendem vendas de coelhos para evitar abandono em massa

 

A partir de uma pesquisa de satisfação, as empresas do Consórcio Nova Serraria constataram que a principal queixa do público, em relação à estrutura, foi a condição climática no interior do lugar. "Nós estamos focados na instalação do ar-condicionado, além de benfeitorias de reparação do patrimônio", comenta o procurador e diretor do consórcio, Leonardo Donato. Além disso, ele também ressalta o investimento que será feito em Marketing para divulgar o espaço. 

 

História

A Serraria Souza Pinto é uma construção do início do século XX e, desde 1997, virou um espaço cultural que já recebeu grandes eventos, feiras, congressos e festivais. O espaço fica ao lado do Viaduto Santa Teresa, com capacidade máxima de 5.200 pessoas.



Ela foi construída devido à expansão da nova capital Belo Horizonte, em um ponto estratégico, perto da Estação Central para facilitar, na época, o transporte de material de construção de edifícios públicos para o interior do estado.

 

 *Estagiária sob supervisão do subeditor Humberto Santos