O tio assumiu para a PM que cometeu o crime  -  (crédito: Reprodução)

O tio assumiu para a PM que cometeu o crime

crédito: Reprodução

“Fui eu, fui eu”, gritava um homem de bermuda amarela, sem camisa e com uma tatuagem no peito, para policiais militares que estavam na porta de sua casa, na Rua Paraguai, no Bairro Morro das Bicas, em Raposos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele, de 50 anos, assumiu o assassinato de seus dois sobrinhos, de 20 e 22 anos, na varanda da mesma casa, na noite desta quarta-feira (27/3).

 

A Polícia Militar havia recebido um chamado para ir à UPA, de Raposos. Era por volta de meia-noite. Segundo informação, dois jovens haviam morrido em consequência de tiros. Lá, os militares conseguiram o endereço das vítimas, coincidentemente, o local onde tinham sido alvejados.

 

 

Os policiais foram, então, para a casa e lá, foram surpreendidos pelo autor dos disparos, que assumiu a autoria dos crimes e contou os motivos que o levaram a cometer o crime.

 

“Meus sobrinhos moravam aqui, comigo e com minha mãe, de 70 anos, avó deles. Só que eles tinham problemas com drogas, já há um ano. Foi quando resolveram traficar e faziam isso, na nossa casa. Eu avisei pra eles, que não iria aceitar mais isso e que eles tinham de respeitar a avó deles. Mas não me ouviram. Nesta noite (ontem), quando cheguei em casa, eles estavam vendendo drogas. Fui até meu quarto, peguei a arma que tinha guardada, voltei à varanda e atirei neles”, disse o tio.

 

 

Moradores de Raposos tentaram matar o tio que assassinou os sobrinhos

Moradores de Raposos tentaram matar o tio que assassinou os sobrinhos

Prefeitura de Raposos

 

Ele contou aos policiais que, depois de atirar, fugiu pegando uma estrada de terra, ao lado do Rio das Velhas, indo para o Bairro Barracão Amarelo. Mas que ao chegar lá, algumas pessoas o cercaram e começaram a bater nele. “Sabiam o que tinha acontecido e queriam me linchar”, disse.

 

Foi quando decidiu retornar à casa e assumir o crime. Ferido, os policiais o levaram até a UPA, onde foi medicado e, em seguida, levado para a Delegacia de Raposos, onde prestou depoimento, confirmando a história que contou aos militares.