Cinco pessoas, entre 19 e 27 anos, foram indiciados pela Polícia Civil (PCMG), acusados de crimes de tortura e associação criminosa em Contagem, na Região Metropolitana Belo Horizonte (RMBH). Os presos estariam envolvidos na tortura de um homem, de 27 anos, ocorrida no dia 25 de junho do ano passado. Foi feito o pedido de prisão preventiva à Justiça. As investigações foram feitas por policiais da 2ª Delegacia de Polícia Civil, de Contagem.
As apurações apontaram que a vítima, residente no Bairro Jardim Industrial, teria passado perto dos suspeitos no dia do crime e lhe disseram que não podia mais ficar ali porque estava roubando uma bicicleta.
Pouco depois disso, os suspeitos agrediram a vítima, usando pedaços de madeira, além de coronhadas na cabeça. Segundo a vítima, enquanto era agredida, os investigados diziam que aquilo era para ele “aprender a não roubar mais na favela”. E durante a tortura, os suspeitos deceparam dois dedos da mão esquerda. Assim que as agressões pararam, os suspeitos disseram à vítima que ela não deveria mais voltar à Vila, ou seria assassinado.
As investigações tiveram início somente em 23 de janeiro, quando foi lançada a operação "Cadere in Atrio", que resultou na prisão de dois suspeitos de envolvimento no crime, de 22 e 23 anos, ambos ligados ao tráfico de drogas. Seus celulares foram apreendidos.
"Cadere in Atrio" significa queda do tribunal, em referência ao desmantelamento da associação criminosa que acreditava aplicar uma justiça paralela no local dos fatos. Vinte e cinco policiais civis participaram das investigações, que teve apoio da Coordenação de Operações com Cães (COC) da PCMG.