Um homem condenado por matar a ex-mulher e o filho dela a tiros em julho de 2019, em Belo Horizonte, é julgado novamente na manhã desta quarta-feira (6/3). Em 2022, o homem foi condenado pelo Tribunal do Júri de Belo Horizonte a 41 anos e 4 meses de prisão em regime fechado e segue em novo julgamento.
Na época da condenação, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alegou que Paulo Henrique da Rocha, de então 33 anos, respondia pelo crime de duplo homicídio qualificado, sem reconhecimento da semi-imputabilidade alegada pela defesa.
O assassino tinha um relacionamento conturbado com a vítima, Tereza Cristina, de 44 anos, que o denunciou por inúmeras ameaças, humilhações e agressões. O homem também nutria ciúme doentio do filho da vítima, de 22, e o acusou de manter relações sexuais com a própria mãe.
Cansada das agressões, Tereza colocou um fim no relacionamento, mas o denunciado não aceitou a separação e continuou a assediar e ameaçar a vítima e seu filho. Na noite de 29 de julho de 2019, o homem abordou as vítimas no momento em que elas saíam de uma academia, no bairro Ipiranga, na Região Noroeste de BH, e efetuou os disparos fatais.
De acordo com a denúncia, os crimes foram cometidos por "motivo torpe, qual seja, abjeto sentimento de possessividade e rejeição, a demonstrar a sua flagrante insensibilidade moral". Além disso, o crime que vitimou a mulher se enquadra em um contexto de violência doméstica e familiar.