A pista do Aeroporto da Pampulha, onde caiu um avião monomotor da Polícia Federal, na tarde desta quarta-feira (6/3), já voltou a receber pousos. O acidente aconteceu por volta das 14h14. Duas pessoas morreram e uma ficou ferida. O aeródromo ficou fechado por cerca de 30 minutos.
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Um vídeo feito pela reportagem, por volta das 16h, mostra o momento em que um segundo avião, também de pequeno porte, pousa na pista enquanto a aeronave oficial ainda é averiguada pelo corpo de bombeiros.
O acidente aconteceu a cerca de 100 metros da Avenida Antônio Carlos, uma das mais movimentadas da capital, que é frequentemente usada como via de acesso para uma estação de ônibus e o Aeroporto Internacional de BH. Conforme o Corpo de Bombeiros, a aeronave caiu, ainda, próximo a um canteiro de obras. Havia trabalhadores no local no momento do acidente.
Segundo Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a Polícia Federal (PF) é proprietária da aeronave, de capacidade de nove passageiros. No registro, a situação da aeronave estava normal.
Voos anteriores
O avião Cessna 208B, que caiu no Aeroporto da Pampulha, fez dois sobrevoos na região metropolitana de Belo Horizonte nos últimos dois dias. O registro é do site Flight Radar, que mapeia a rota de diversas aeronaves pelo mundo.
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Na terça-feira (5/3), a aeronave decolou da Pampulha às 14h29, passou por Ribeirão das Neves, Contagem, Ibirité, Casa Branca, Palhano, Rio Acima, Sabará, e retornou para Belo Horizonte. O trajeto durou aproximadamente 30 minutos.
Na segunda (4/3), o avião decolou às 16h28, passando por Ribeirão das Neves, Juatuba, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas, Rio Acima e Sabará. A aeronave voltou para a Pampulha às 17h06.
Investigação
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que vai deslocar uma equipe de investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), no Rio de Janeiro, para investigar as causas da queda.
Os agentes da FAB foram acionados para realizar uma ação inicial, com técnicas específicas para levantar as informações necessárias sobre a aeronave. “Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos da investigação, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave”, escreve a FAB em nota.
Os militares ainda informaram que a conclusão da investigação terá o menor prazo possível, dependendo da complexidade da ocorrência e da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.