A Upa Noroeste, administrada pelo Hospital Odilon Behrens (HOP), recebeu um novo Centro de Atendimento às Arboviroses (CAA) e Unidade de Reposição Volêmica (URV) nesta segunda-feira (11/3). Previsto no Plano de Enfrentamento às Arboviroses da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o equipamento conta com 30 novos leitos e já recebeu os primeiros pacientes de internação pela manhã.
O CAA está localizado acima da UPA Noroeste e expande o número de leitos criados para o tratamento de pacientes com arboviroses – com ênfase na dengue. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias, ao todo já são 182 leitos, contabilizando aqueles criados nas URVs, no hospital de campanha – localizado na UPA Norte – e nos hospitais temporários nas regionais Oeste e Venda Nova.
“A gente tem observado uma redução na demanda por leitos na nossa central de internação desde que o hospital de campanha e o hospital da Oeste foram abertos. Já registramos uma redução de 50% da demanda de internações na nossa central de internação, e por isso um equipamento como este é tão importante: para que a gente possa desafogar as portas e dar um atendimento rápido à população que tanto precisa”, afirma o secretário.
“Também sabemos que o Odilon Behrens, pela segurança que a população tem nos seus serviços, é procurado até mesmo por munícipes de outras cidades, então a gente acha que essa entrega é muito importante. São quatro consultórios que permitirão o atendimento de pelo menos 200 pessoas por dia e 30 leitos que vão permitir pelo menos 250 internações”, complementa ele.
O atendimento no novo CAA atende a pacientes com dengue do município inteiro e não é exclusivo para moradores da regional Noroeste, mas é necessário que haja encaminhamento para ser atendido e internado no local. De acordo com a superintendente do Complexo Hospitalar Odilon Behrens, Taciana Malheiros, os pacientes que chegarem à UPA passarão por uma triagem e serão classificados para tratamento.
“A pessoa que estiver com sintoma de dengue pode procurar tanto a atenção básica em centros de saúde, quanto a UPA. Ele será acolhido, passará por uma classificação de risco e, imediatamente, será encaminhado para uma triagem específica para as arboviroses. Por meio dessa avaliação da Enfermagem, ele será classificado como Dengue A, Dengue B e, a partir da necessidade de uma hidratação venosa, e apresentando sinais de alarme, ele será encaminhado para esta unidade, onde teremos 30 leitos em funcionamento”, explica ela .
Ainda de acordo com Malheiros, na manhã da inauguração do CAA, já haviam cinco pacientes aguardando internação, como foi o caso da auxiliar administrativo Aline Quintão, que começou a apresentar sintomas de dengue no início de março.
“Cheguei a vir aqui, tratei em casa, mas não melhorou, então tive que voltar ontem. Por conta de uma alteração no fígado, a médica pediu a internação. Esse novo espaço vai ser bom, porque ontem fiquei numa cadeira reclinada bem desconfortável, então agora está bem melhor”, conta ela.