Minas é um santuário de tradições, especialmente nas cidades do interior, onde a devoção popular se enlaça às cerimônias da Semana Santa – neste ano, de 24 a 31 de março – e segue os passos da Paixão de Cristo. Na paisagem barroca emoldurada por montanhas e composta de ladeiras de pedra e casario colonial, há ofícios, ritos, procissões, missas, espetáculos ao ar livre e cerimônias sempre emocionantes pela beleza, ancestralidade e devoção.

 



 


Para mostrar esse cenário de grande participação da comunidade e visitantes, o Estado de Minas apresenta, de hoje ao próximo domingo, a série “Sagradas Tradições”, com histórias, costumes, expressões da fé do povo mineiro e até algumas descobertas, a exemplo do que ocorreu em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com a exposição de uma peça histórica ligada à época. Em cada cidade, as tradições têm características próprias e relatos que surpreendem, pois reúnem fé, força espiritual e mistérios passados de geração a geração.

 

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Antecedendo a Semana Santa, católicos participam, hoje, da abertura do Setenário das Dores, lembrando as sete dores de Maria, mãe de Jesus, ao longo de sua vida. Trata-se de um “exercício penitencial” durante sete dias – daí a palavra setenário –, marcados por orações, meditação e ritos de purificação. Momentos, também, para um mergulho em cultura, arte, conhecimento, história e, claro, reflexões.

 

As dores de Maria

 

De hoje a domingo (17 a 23/3), católicos participam dos ritos do Setenário. Em Sabará, na Grande BH, o titular da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, padre Wellington Eládio, responsável pelas igrejas do Carmo, São Francisco e Nossa Senhora das Mercês e outras comunidades, informa que na cidade as cerimônias ocorrem na Igreja São Francisco. O pároco explica que o Setenário é a meditação sobre as dores de Maria. “No decorrer de sua vida, Maria sofreu algumas dores, dentre elas as sete que consideramos mais fortes e pungentes. Ao meditar, surge o Setenário das Dores de Maria Santíssima”.

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