A Semana Santa começa neste domingo (24), com palmas, folhagens e galhos de manjericão e alecrim balançando nas mãos dos fiéis, para a bênção dos ramos e a missa que celebra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Na Catedral Cristo Rei, em construção no Bairro Juliana, na Região Norte da capital, o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, preside a missa iniciada às 10h30 após pequeno cortejo na entrada do templo.
Pouco antes da celebração, dom Walmor lembrou que o período da "morte, paixão e ressureição de Cristo", na Semana Santa ou Semana Maior, deve ser de "silêncio, reflexão, contemplação". A Semana Santa deve ser, para os católicos, "um grande retiro espiritual".
Sobre as guerras no mundo, especialmente a em Israel, dom Walmor afirmou que, como voz única da Igreja no mundo, o pedido é que cessem os conflitos. "Sejamos, todos, promotores da paz, para que mais inocentes não morram e haja harmonia entre pessoas e nações".
CELEBRAÇÕES
Na manhã deste domingo, houve missa às 8h e às 10h30, na Catedral Cristo Rei. Antes da segunda celebração eucarística, dom Walmor fez a bênção, juntamente com outros padres, aspergindo água benta sobre os ramos. Fiéis cantaram "Hosana! Hosana!, durante o pequeno cortejo até o interior do templo.
Moradora do vizinho Bairro Floramar, Marilene Martins, administradora, foi ao templo acompanhada da filha Mylena, de 9 anos, e da mãe, Amélia Martins da Silva. "Trouxemos manjericão e alecrim. Somos católicas e temos muita fé", disse Marilene. Ao lado, Amélia contou que usa as plantas para fazer chá e "até para queimar" durante tempestades, de forma a se proteger contra raios e trovões. "Sou 'das antigas', guardo os ramos secos", brincou Amélia sobre o costume herdado dos antepassados.
Com vários integrantes da família, o aposentado Hélio Vicente, morador do Bairro Jardim Guanabara, levou parte de uma folha de coqueiro. "Vivemos agora uma época especial, tempo de orações", afirmou Hélio ao lado do neto Caio Gustavo Vicente Coimbra, de 13 anos.
FÉ E CULTURA
Até o Domingo de Páscoa (31), que celebra a ressurreição de Jesus e é considerada a data mais importante do calendário católico, Minas Gerais terá, na capital e no interior, uma extensa programação religiosa e cultural. Missas solenes, procissões com figurado bíblico, encenações da Paixão de Cristo ao ar livre, cânticos em latim, ofício e ritos fazem parte das tradições que emocionam os moradores e encantam turistas.
Veja a programação em Belo Horizonte
- Terça-feira, dia 26, às 19h30, na Catedral Cristo Rei - Encenação "Rua da Amargura", pelo grupo de teatro Foloa do céu.
- Quinta-feira Santa, dia 28, às 9h – Missa da Unidade, presidida por dom Walmor, com a presença do clero, na Catedral Cristo Rei. Às 19h30, celebração eucarística da Ceia do Senhor, com o rito do Lava-pés.
- Sexta-feira da Paixão, dia 29 – Às 7h, via-sacra na Catedral Cristo Rei, e, às 15h, solene celebração da Paixão e Morte de Cristo. À noite (19h), via-sacra, na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul da capital.
- Sábado Santo, dia 30 – Às 19h30, dom Walmor preside a solene vigília pascal na noite santa, na Catedral Cristo Rei.
- Domingo de Páscoa, dia 31 – Às 10h30, dom Walmor preside a Missa Solene da Ressurreição do Senhor, na Catedral Cristo Rei.