A Polícia Civil de Uberaba, no Triângulo Mineiro, informou que um dos três suspeitos do suposto crime de falsidade ideológica contra a prefeita da cidade, Elisa Araújo (Solidariedade), é um funcionário comissionado da Câmara Municipal.
Por meio da Operação Mendacium, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu dois mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (26/3). Por meio de nota, a Polícia Civil informou que um celular e dois chips cadastrados com o CPF da prefeita foram apreendidos.
“Não será uma quadrilha de criminosos e nem ninguém, com sobrenome que for, que nos assustará ou nos fará recuar”, desabafou a prefeita Elisa, por meio de nota.
Para a Elisa, a motivação do suposto crime de falsidade ideológica contra ela foi política. "Esses telefones seriam usados contra a minha pessoa, para atingir o meu mandato como prefeita e a minha pré-candidatura à reeleição".
Por outro lado, segundo informações divulgadas pelo delegado responsável pelas investigações, Leonardo Cavalcanti Rodrigues da Cunha, por enquanto não é possível afirmar se a intenção dos suspeitos seria utilizar as linhas telefônicas para alguma ação política contra a prefeita. “Pode ser que envolva política e crimes contra a honra, ou até outros crimes mais graves, como o uso dos aparelhos para praticar algum tipo de estelionato. Temos que fazer a extração de dados para analisar com calma o material. Agora vamos fazer a análise dos eletrônicos que nós apreendemos para tentar descobrir o porquê fizeram isso”, complementou.
O delegado também informou que o inquérito do caso foi instaurado no finaldo ano passado depois que a Polícia recebeu denúncia de que duas linhas telefônicas teriam sido habilitadas em nome da prefeita. “Começamos a investigar e verificamos que foram, pelo menos, três linhas telefônicas que estavam no nome da prefeita e, também, um e-mail”, contou.
Dois mandados cumpridos
Por meio da Operação Mendacium, a Polícia Civil de Uberaba cumpriu nesta terça-feira (26/3) dois mandados de busca e apreensão. Em nota, a Polícia informou que um dos celulares e dois chips cadastrados com o CPF da prefeita foram apreendidos. Os suspeitos de praticar o crime de falsidade ideológica contra a prefeita de Uberaba são dois homens, de 33 e 28 anos, e uma mulher, de 31 anos. Não houve prisões.
Ainda conforme nota da PCMG, após cerca de cinco meses de apurações, os policiais conseguiram identificar o local onde os chips foram habilitados, quem os utilizou e em quais aparelhos eles foram inseridos.
Segundo registro policial do caso, outros três celulares, um computador e pendrives foram apreendidos durante os mandados de busca e apreensão.
Posicionamento da prefeita de Uberaba:
“A Polícia Civil chegou aos suspeitos do ato: para surpresa, um deles é pessoa conhecida na política da cidade; o que nos leva a crer que esses telefones seriam usados contra minha pessoa, para atingir o meu mandato de prefeita, e a minha pré-candidatura à reeleição.
A minha atuação à frente da Prefeitura realmente está incomodando os grupos poderosos da cidade, que ainda não digeriram serem derrotados por uma mulher, de origem trabalhadora, de família comum, que veio de fora do ambiente político tradicional que comandou Uberaba por tantos anos seguidos.
Aviso para quem quiser ouvir que não vamos recuar em nossa caminhada em prol da Uberaba de nossos sonhos. Não será uma quadrilha de criminosos e nem ninguém, com sobrenome que for, que nos assustará ou nos fará recuar.
Em respeito ao povo de Uberaba, a Polícia e a Justiça chegarão até o fim na apuração desse crime, para dar nomes aos bois e desmascarar quem realmente está por trás de tudo isso.
Tenho fé na Justiça, em Deus e no povo de Uberaba, e seguirei em frente, sem medo, com intuito de romper, definitivamente, com a forma antiga de se fazer política, que é através da intimidação, da propagação da mentira e do ódio pelo ódio.
Uberaba vai continuar a seguir em frente, pois sua gente é de bem, e é com essa gente que vamos continuar colocando Uberaba de volta no posto que nunca deveria ter saído, o de liderança regional”.