O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, acredita que, no ano que vem, a epidemia de dengue não deve se repetir como vem acontecendo em 2024. “Por termos tido um ano muito difícil, certamente não teremos esse mesmo nível”, disse durante a gravação do "EM Minas", programa da TV Alterosa, em parceria com o Estado de Minas e o Portal Uai.

 

Para Baccheretti, a quantidade de vacinas contra a doença ainda não será suficiente para imunizar um grande número de pessoas.

 

“A vacina ainda está incipiente. Em Minas Gerais, iremos vacinar pouco mais de 100 mil pessoas talvez até o fim do ano, ou seja, é muito pouco perto dos 21 milhões de pessoas. Este ano está sendo difícil, e não é à toa. Além do El Niño, temos uma população que não tinha pegado o sorotipo 2, que vai continuar circulando ano que vem, mas boa parte da população já teve a doença este ano”, disse.

 



 

O secretário também afirmou que dois anos consecutivos de epidemia, com o mesmo sorotipo, são difíceis de acontecer. “Como ano passado, o que mais circulou foi o sorotipo 1; neste ano, o sorotipo 2, e pegamos a população inteira podendo ter essa doença.”

 

Vacinação contra a dengue

 

Nesta quarta-feira, o Secretário de Saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges Matias, também disse acreditar que estamos vivendo a última epidemia de dengue no Brasil. A razão, segundo Borges, seria a possibilidade de vacinação contra a doença.

 

“Hoje podemos dizer que Belo Horizonte, Minas Gerais e o Brasil enfrentam a maior epidemia de dengue da história e provavelmente a última, porque na próxima, que geralmente acontece a cada três anos, a gente vai estar com essa nova arma, que é a vacinação, já para toda a população, não somente um recorte pequeno, que é o que o Ministério da Saúde determinou a gente vacinar”, completou.

 

A entrevista com Fábio Baccheretti vai ser exibida no próximo sábado (30/3) pela TV Alterosa, às 19h30. A íntegra do programa estará disponível no canal do Portal Uai no Youtube.

compartilhe