Nesta quarta-feira (27/3), os fiéis da Igreja Católica participaram da tradicional Missa dos Enfermos, às 15h, no Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu, situado na Rua Macaé, 629, no Bairro Graça, Região Nordeste de Belo Horizonte. Durante a Celebração Eucarística, idosos e enfermos peregrinam até o Santuário para rezar em preparação para a Páscoa e para receber o Sacramento da Unção dos Enfermos.

 

O pároco e reitor do Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu, Padre André Lage Alvarenga, explica que a celebração pode ser ofertada em qualquer tempo litúrgico. "O sentido desta celebração é poder ofertar ao fiel que deseja, a respeito de sua enfermidade, apresentar a Deus o desejo de cura e unção. Sobretudo, pela misericórdia de Deus, que ele venha ao auxílio do enfermo com a graça do espírito santo, concedendo a ele, a cura de todos os males". 

 

 



 

O Sacramento da Unção dos Enfermos é destinado a todos os fiéis cristãos católicos que sentirem-se na eminência de sua morte ou em risco e pessoas que sofrem com graves enfermidades, sobretudo as que são muito assoladas pela dor em seus diversos níveis. Aqueles que recebem este sacramento recebem a cura não só da enfermidade, que pode ocorrer, mas a cura em sentido mais profundo, ou seja, a cura que alcança a alma.

 

Na Missa dos Enfermos, as pessoas vão em busca de cura e paz

Túlio Santos/EM/D.A Press

 

Além disso, a proposta pastoral do Santuário é também oportunizar que o enfermo que se encontra em casa possa, pelo menos uma vez no ano, adentrar no espaço sagrado. "Nós temos enfermos de várias idades, e muitas não pisam dentro da Igreja há cerca de cinco anos, em razão de suas enfermidades. Por isso, nesta Semana Santa, é uma oportunidade destes fazerem memória, estar no espaço e receber a unção", destaca o Padre. 

 

Os efeitos do Sacramento da Unção dos Enfermos 

O Sacramento é um rito de unção, que utiliza um óleo, o qual confere ao que recebe os meios de santificação, uma preparação para o momento da passagem para a vida eterna ou a cura. O Padre André Lage destaca que a unção segue a orientação da Igreja. "Se o penitente enfermo for sacerdote ele deve ser ungido nas costas das mãos ou dos pés. Se for um fiel comum da Igreja, leigo ou participante, recebe a unção nas mãos. Essa unção confere o alívio das dores e o perdão dos pecados".  

 

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Adriana Lamas é católica e sempre vai à Igreja e participa das missas. Hoje ela foi como acompanhante de Marcelo Alexandre Costa. Ele é cadeirante e sofre de Transtorno Neurocognitivo Maior. Adriana conta que a experiência de participar da missa foi ótima e Marcelo foi embora muito feliz e satisfeito.

 

Unção dos Enfermos, Santuário São Judas Tadeu. Na foto, Marcelo Alexandre Costa

Túlio Santos/EM/D.A Press

 

Além disso, ela relembra que ele parou de ir às missas por causa das questões de saúde. "Ele gostou muito da experiência. Traz uma paz para nós e para quem tem fé, e nos ajuda a superar os desafios diários".


Curiosidade

Segundo o artigo 5 do Catecismo da Igreja Católica, na Antigüidade, o óleo era utilizado para curar os doentes. Jesus fala que o bom samaritano recebeu óleo em suas feridas. O óleo estava associado a força de Deus. A Unção dos enfermos utiliza o óleo sagrado, na Quinta-Feira santa, como sinal de Cristo que alivia a dor e restituiu a vida.

 

Pela sagrada Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, a Igreja toda entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os alivie e salve. Exorta os mesmos a que livremente se associem à paixão e à morte de Cristo e contribuam para o bem do povo de Deus.

 

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