Há 31 anos, a Sexta-Feira da Paixão tem sido com um bom peixe à mesa de centenas de pessoas que se deslocam até o Bairro Bonfim, na Região Noroeste de Belo Horizonte, para receber a doação de pescados. A ação, que já virou tradição da data, reuniu hoje (29/3) cerca de três mil pessoas. Cada uma recebeu 2,5 kg de pescado. A doação é realizada desde 1990, na Peixaria Gelinho. Este ano, o peixe doado foi o xinxarro.

 

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A distribuição de senhas começou cedo, por volta das 7h30. Primeiro foram atendidas as pessoas com prioridade, como idosos. Essa foi a primeira vez que Cristian Santos Freitas Oliveira, de 29 anos, participou da ação. De Jordânia, no Vale do Jequitinhonha, ele afirma que a doação é um reflexo de sua fé no amor, prosperidade e ajuda.

 

O catador de reciclagem conta que muitas pessoas que foram à Rua Paquequer, nesta sexta-feira, não tinham condições de comprar um peixe para comer. “Eles distribuíram para todos, muitas pessoas ficaram felizes. É muito gratificante saber que ainda existem estabelecimentos que fazem ações como essas. É muito gratificante principalmente pela fé que eu tenho, que é amor, prosperidade e ajudar a humanidade”, diz Cristian.

 



 

O projeto foi idealizado pelo empresário Afonso Teixeira e, desde o primeiro dia, tem levado pescados, tradicional carne consumida no dia santo, para a mesa de muitos que não têm condições. Adilson Paulo da Silva, de 54 anos, trabalha na Peixaria Gelinho e foi uma das pessoas que saiu de casa no feriado para ajudar ao próximo.


Para Adilson Paulo, funcionário da Peixaria Gelinho, poder participar da distribuição de peixes é gratificante

Gladyston Rodrigues / EM / D.A Press

 

O funcionário conta que desta vez as senhas foram distribuídas duas vezes e a distribuição durou cerca de três horas . Como em outros anos, a quantidade de peixes entregues não foi informada. “É muito gratificante para a gente. Nos sentimentos muito abençoados por poder estar ajudando outras pessoas. Compartilharmos isso é muito bom. Essa é uma tradição que já perdura 31 anos”, conta Adilson.

 

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