Concessão completou um ano em março deste ano -  (crédito: Tulio Santos/EM/D.A/ Press)

Concessão completou um ano em março deste ano

crédito: Tulio Santos/EM/D.A/ Press

Cerca de ano após a privatização do metrô em Belo Horizonte, a concessionária MetrôBH deve dar início às demissões dos funcionários contratados pela antiga administradora, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Segundo o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (SindiMetro), estão previstos os desligamentos de 230 funcionários sem justa causa, a partir desta quinta-feira (4/4).

 

Cerca de 50% dos empregados da CBTU saíram por meio do Programa de Demissão Voluntária (PDV) e acordos consensuais oferecidos pela administradora no último ano. Esse número, segundo o Sindimetro, representa metade dos concursados pela CBTU, cujo total passou de 1.483 para 702 funcionários.

 

 

A entidade se reuniu com a concessionária antes do início dos planos de demissão, mas, segundo o Sindimetro, o MetrôBH não estabeleceu diálogo para a negociação. O sindicato caracterizou a ação como "desleal e irresponsável".

 

"O contrato de concessão prevê estabilidade de um ano para os colaboradores da antiga CBTU-MG. Essa estabilidade foi finalizada em 23 de março de 2024. A pedido dos próprios colaboradores, a empresa ofertou Planos de Demissão Voluntária e o Plano de Demissão Consensual, no decorrer do primeiro ano de gestão", diz a nota do MetrôBH.

 

 

Apesar do déficit em mão de obra, o MetrôBH assegurou que as demissões não vão impactar a qualidade do serviço e ainda afirmou que o processo foi mediado por órgãos competentes.

 

“A fim de continuar a adequação da empresa, mantendo a produtividade operacional, o Metrô BH lançou um plano de desligamento na primeira semana de abril. Mediada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, entre a empresa e o sindicato da categoria, essa ação garantiu benefícios sociais para além das leis trabalhistas”, finalizou a concessionária.