Corpo de Bombeiros foi acionado às 2h25 do dia 14 de março para controlar incêndio em caminhão-tanque no Anel Rodoviário -  (crédito: CBMMG)

Corpo de Bombeiros foi acionado às 2h25 do dia 14 de março para controlar incêndio em caminhão-tanque no Anel Rodoviário

crédito: CBMMG

A quatro dias de completar um mês da tragédia causada por um acidente com um caminhão-tanque no Anel Rodoviário, a família de Belarmino de Freitas Miranda, de 64 anos, recebeu a notícia do falecimento dele. O homem teve metade do corpo queimado pelas chamas que tomaram conta de várias casas no Bairro Goiânia, na Região Noroeste de Belo Horizonte, na madrugada do dia 14 de março.

 

Uma sobrinha dele chegou a afirmar que ele teve mais de 70% do corpo queimado e seguia em coma induzido. O último boletim médico divulgado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), um dia após o acidente, indicava o homem era mantido na UTI e precisaria de cirurgia plástica na abordagem das queimaduras.

 

 

Segundo Maria de Lourdes, irmã da vítima, o Hospital João XXIII ligou para informar sobre o falecimento por volta de 1h. O corpo já estava no Instituto Médico Legal (IML), mas a família só se encaminhou ao local próximo do meio-dia.

 

“Ele descansou. Agora, liberando o corpo dele, vamos para Caratinga, a terra dele, onde será enterrado”, conta ela ao Estado de Minas.

 

Belarmino morava sozinho na casa que foi tomada pelo incêndio.

 

Relembre o acidente

 

Na madrugada do dia 14 de março, por volta das 2h25, um caminhão-tanque tombou, pegou fogo e incendiou casas e carros às margens do Anel Rodoviário, no Bairro Goiânia. O motorista, de 58 anos, morreu carbonizado no local do acidente.

 

Com o impacto da queda, o tanque foi danificado, e a carga de combustível vazou, escorreu e criou uma “rua de fogo”, levando as chamas por três quarteirões. Oito residências e dez veículos foram atingidos.

 

A tragédia pegou os moradores de surpresa, já que a maioria estava dormindo. Famílias saíram às pressas de casa, e pelo menos nove pessoas – quatro homens, três mulheres e duas crianças – ficaram feridas na tentativa de se salvar. Elas foram encaminhadas ao Hospital João XXIII, onde ficaram em observação. Quatro foram liberadas no mesmo dia do acidente, e mais três, no dia seguinte.

 

O caminhão-tanque teria saído de Betim, na Grande BH, com destino a Sabará. Ele seguia na BR-381 e, ao virar à direita para entrar na MG-5, antiga MGC-262, tombou e pegou fogo.

 

As famílias afetadas continuam unidas, tentando retomar a normalidade. Uma semana após o acidente, obras de reparo dos imóveis foram iniciadas, algumas delas financiadas pela empresa Jbretas, proprietária do caminhão que explodiu – ainda que com algumas reclamações. Pelo menos até o dia 21 de março, alguns dos moradores ainda estavam morando em hotéis fornecidos pela empresa.