Os órgãos do sargento da Polícia Militar que se trancou em um quarto de motel em Belo Horizonte, serão doados. A decisão foi tomada pelo militar ainda em vida. Nesta sexta-feira (12/4), uma fonte do Estado de Minas, ligada ao Hospital João XXIII, informou que Leandro Alves Rocha teve morte cerebral, depois de atirar contra a própria cabeça, na quarta-feira (10/4).
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Leandro chegou a ser resgatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para a unidade hospitalar. No entanto, desde que foi retirado no motel, no meio da semana, estava em estado grave. Na manhã dessa quinta-feira (11/4), ele passou por novos exames para detalhar seu estado de saúde.
Conforme informações repassadas pela polícia, o homem chegou ao motel, localizado na Avenida Barão Homem de Melo, no Bairro Estoril, Região Oeste da capital, na noite de terça-feira (9/4). Ele foi até o local depois de ter um mandado de prisão expedido por violação de medida protetiva contra a ex-esposa.
Apesar da longa mobilização para negociar sua saída, o sargento tentou contra a própria vida. Segundo a amiga dele, a técnica de enfermagem Cléo Lacerda, Leandro estava mal desde quando descobriu que a ex-companheira mantinha uma relação extraconjugal.
O tenente-coronel Flávio Santiago foi ao local do ocorrido e afirmou que nesta quarta-feira (10), o homem estava de licença psicológica por questões envolvendo violência doméstica. Na ocasião, o chefe do centro de jornalismo da PMMG disse acreditar que o episódio recente de violação da medida protetiva pode ter contribuído para “desatinar” o oficial.
Mensagens de despedida
Durante a ocorrência no motel, amigos do sargento foram conduzidos até o local para tentar dissuadi-lo. Cléo Lacerda, amiga do sargento, disse que viu postagens dele no WhatsApp com cunho de despedida, em uma delas dizia “meus irmãos me perdoem… não se culpem”, em outra, uma foto da farda acompanhada de fotos das duas filhas.
A técnica de enfermagem relatou que ele estava mal desde a descoberta da traição e por isso teve a arma confiscada, motivo pelo qual acreditava que o sargento estava no quarto de motel desarmado. Ela também contou que já havia conversado com o homem para aconselhá-lo, “não faz nada, não vale a pena. Pensa que você tem duas filhas”, Cléo dizia a ele. Segundo ela, o motel na Avenida Barão Homem de Melo era um dos locais em que a ex-esposa se encontrava com o amante.
Peça Socorro
Se você está passando por sofrimento emocional ou crises suicidas, procure a ajuda do Centro de Valorização da Vida, ligando 188.
Se você acredita que outra pessoa está em risco de cometer suicídio e você tem os dados de contato dela, fale com as autoridades locais para receber ajuda imediata. Você também pode incentivar a pessoa a entrar em contato com a linha direta de prevenção ao suicídio usando o número de telefone acima.