Presídio Inspetor José Martinho Drumond, na Grande BH -  (crédito: Andréia de Jesus/Divulgação)

Presídio Inspetor José Martinho Drumond, na Grande BH

crédito: Andréia de Jesus/Divulgação

Dois diretores do Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Grande BH foram exonerados. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

 

O desligamento acontece depois da morte de sete detentos do presídio no início do mês. A principal suspeita é de que as mortes sejam por overdose de substância entorpecente denominada de 'droga K'. A Sejusp está investigando o motivo dos óbitos dos detentos na unidade prisional, no entanto, nega que a exoneração tenha relação com o caso.

 

 

 

"A troca dos gestores já estava prevista pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), como parte das inúmeras atividades de gestão administrativa prisional. A saída dos gestores não está relacionada a qualquer fato ocorrido no presídio, como o óbito de detentos", afirmam.

 

 

Já no Presídio Antônio Dutra Ladeira, também em Ribeirão das Neves, seis detentos morreram entre dezembro de 2023 e março de 2024, também supostamente pela mesma causa, 'a droga K'. Para o advogado criminalista Greg Andrade, a saída dos diretores não resolve em nada os problemas na penitenciária.

 

"Isso é em virtude da falta de investimento que teve durante anos no sistema prisional, de anos de abandono. E então acontece uma situação grave de um extermínio dentro do sistema prisional, onde sete pessoas morreram em 10 dias. E aí simplesmente a secretaria tira da cabeça dois diretores, como se isso fosse resolver o problema, e vão colocar na conta da droga", afirma.