Familiares e conhecidos de Edgar Soares, morto nessa quinta-feira (18/4), se reuniram no Clube dos Oficiais da Polícia Militar (Salão Topázio), no Prado, na Região Oeste de BH, na manhã desta sexta (19/4), para velar e homenagear o coronel da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Aos 80 anos, Edgar, que foi refém por 12 dias durante uma rebelião da Penitenciária de Contagem, na Grande BH, em 1990, faleceu de insuficiência coronária e pulmonar.
Fundador da Academia de Letras da PMMG, Edgar deixou quatro filhos e a esposa, Dimeia Soares. A filha mais nova do coronel, Carmen Luiza, e o filho Kayron Luobe, vestidos de branco, leram cartas dedicadas a ele.
"Tenho plena certeza de que, hoje, você (Edgar) está em um lugar melhor. Você deixou seu legado para a polícia de Minas e sua família", disse a caçula, rodeada de pessoas, em meio a lágrimas. O filho do coronel também se emocionou durante a leitura da carta de despedida e foi confortado por outras pessoas.
O salão onde o velório ocorreu estava repleto de coroas de flores enviada em homenagem ao coronel. Dentre os remetentes, estão a Academia de Letras dos Militares e a PMMG.
Edgar estava internado há duas semanas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Luxemburgo, na Região Centro-Sul de BH.
Refém por 12 dias
O Coronel Edgar foi um dos principais personagens de uma perseguição a foragidos em Minas Gerais, que durou 12 dias em agosto de 1990. Cinco presos se rebelaram na Penitenciária de Contagem, na Grande BH, e fizeram nove reféns, dentre eles, a capitã Luciene Albuquerque, mulher de Soares, grávida na época.
Em ato heroico, o coronel da PMMG se ofereceu para ser trocado de lugar com a mulher e acabou ficando refém por 12 dias, sob a mira de um revólver, que esteve, o tempo todo, apontado para sua cabeça.