O delegado Márcio Rocha, segundo da direita para a esquerda, coordenou a operação, que contou com a participação e outras quatro delegacias -  (crédito: PCMG)

O delegado Márcio Rocha, segundo da direita para a esquerda, coordenou a operação, que contou com a participação e outras quatro delegacias

crédito: PCMG

A operação Tribunal do Crime, realizada pela Polícia Civil de Juiz de Fora, na Zona da Mata, nesta terça-feira (23/4) cumpriu 15 mandados de busca, com a prisão de cinco pessoas. Foram apreendidos cerca de 100 chips de celulares, R$ 3.500 e drogas (cocaína, maconha e crack). Segundo a polícia, os chips deveriam ser distribuídos no sistema prisional.

 

O alvo da operação foi uma célula de uma organização criminosa instalada no Bairro Borboleta. As ações foram concentradas no desmantelamento das operações da célula, incluindo a captura dos que comandavam um suposto "tribunal do crime", a partir do sistema prisional.

 

As investigações tiveram início em fevereiro deste ano, com a prisão de dois homens suspeitos de sequestrar uma mulher como parte de uma tentativa de cobrança de dívida relacionada ao tráfico de drogas.

 

Essas prisões abriram caminho para uma série de investigações que revelaram a existência de uma estrutura organizada de comando e controle, com ligações diretas com lideranças do crime organizado no Rio de Janeiro. No total, desde o início da operação, nove pessoas já foram presas.

 

Os policiais descobriram, durante as investigações, que o grupo utilizava métodos extremamente cruéis de punição, através do chamado "tribunal do crime", onde as sentenças eram determinadas por criminosos de dentro do sistema prisional e executadas externamente.

 

As vítimas eram submetidas a torturas e espancamentos, além de serem coagidas a não procurar a polícia, sob ameaças de morte, se o fizerem.

 

O delegado Márcio Rocha, que coordenou a ação, disse que foi de grande importância a colaboração da população, para o enfrentamento da criminalidade.  “A Polícia Civil agradece e encoraja a colaboração contínua da população na denúncia de atividades criminosas A parceria entre a comunidade e a polícia é vital para a manutenção da segurança pública e o sucesso no combate ao crime organizado”, disse o delegado.

 

A Polícia Civil salienta que informações e denúncias podem ser fornecidas anonimamente pelo telefone 181. A ação foi coordenada pela Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado com apoio do Departamento Estadual de Operações Especiais (DEOESP). Cerca de 50 policiais civis, e 20 viaturas, além de drones e apoio da Coordenação Aerotática (CAT), foram empenhados na operação.