Os servidores públicos estaduais protestaram na manhã desta terça-feira (23/4) em ato em defesa do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Minas Gerais (IPSEMG). A manifestação ocorreu após o governador Romeu Zema (Novo) propor o aumento do piso da contribuição dos servidores públicos ao órgão. As aulas das escolas estaduais e Superintendências Regionais de Ensino de BH, Região Metropolitana, Sete Lagoas e arredores foram paralisadas e os servidores da educação são uma das categorias que participaram do ato.
O ato, chamado de abraço simbólico pelos servidores, foi organizado pela Frente em Defesa do Serviço Público e 22 sindicatos de profissionais do funcionalismo. Segundo Antonieta de Faria, presidente do Sindicato dos Servidores do Ipsemg, “os servidores estão reunidos em defesa da instituição e da valorização do servidor público”. Uma das principais reivindicações dos profissionais é o reajuste salarial.
Além da manifestação, parte dos servidores foi até a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Segundo Denise Romano, coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), a comissão iria discutir o projeto de lei que reajusta o valor da contribuição dos servidores públicos ao Ipsemg mas, após a pressão, a pauta foi adiada para a próxima semana.
Paralisação das escolas estaduais
Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), a paralisação desta terça-feira já estava prevista no calendário do sindicato. A classe reivindica, além do não reajuste da contribuição ao Ipsemg, a recomposição salarial dos servidores da educação, de forma que o piso nacional da educação seja cumprido.
A Secretária Estadual de Educação de Minas Gerais informou em nota que está acompanhando a adesão das escolas e dos supervisores da rede estadual de Belo Horizonte e Região Metropolitana ao movimento convocado pela categoria nesta terça-feira. “Em caso de interrupção de atividades pedagógicas, as escolas deverão realizar reposição do dia paralisado para garantir o cumprimento da carga horária anual obrigatória e dos 200 dias letivos previstos, assegurando assim os direitos dos estudantes.”, conclui.
Assembleia Pública
Além do ato pela manhã, os servidores públicos irão participar de audiência pública da Comissão Comissão de Administração Pública que ocorre na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na tarde desta terça-feira, com o objetivo de discutir os impactos do projeto de lei que propõe o reajuste do valor pago pelos servidores ao Ipsemg.
Caso suas reivindicações não sejam cumpridas a categoria prevê greve de todo o funcionalismo público a partir do dia 8 de maio.
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Humberto Santos